quinta-feira, 6 de setembro de 2007

VCI no Porto - aumentam as infracções detectadas pelos radares


O Jornal de Notícias de 24 de Julho continha esta interessante notícia:

"Os radares fixos de controlo de velocidade instalados na Via de Cintura Interna (VCI), no Porto, detectaram no primeiro semestre deste ano cerca de 212 mil infracções, disse hoje à agência Lusa fonte da câmara local.

De acordo com o director municipal da Via Pública, Alves da Silva, o número de infracções foi superior ao registado no primeiro semestre de 2006, "principalmente devido a um pico que existiu no mês de Março".

Alves da Silva referiu que a velocidade mais alta detectada até agora na VCI foi de 245 quilómetros à hora.

Três radares de controlo de velocidade foram instalados na VCI em 2002, a título experimental, tendo entrado em pleno funcionamento em 26 de Janeiro do ano seguinte, com a aplicação de coimas a velocidades superiores a 90 km/h e inferiores a 40 km/h."

Comentários:

- Apesar de o limite máximo, 90 km/h, ser bastante confortável quando comparado com os nossos 50 km/h, há ainda assim 212 mil condutores autuados em 6 meses.

- Apesar de estarem instalados desde Janeiro 2003, proporcionando uma prática de mais de quatro anos, ainda se verifica em 2007 uma subida do número de infracções relativamente a 2006. Dir-se-ia que os radares não estão a moldar eficazmente os comportamentos.

- Nada é dito sobre a reacção dos cidadãos a estas centenas de milhares de multas mas tanto silêncio vindo do combativo pessoal do Norte dá para suspeitar que a efectividade das cobranças deve ser muito baixa.




4 comentários:

Anónimo disse...

Radares na VCI

1º É mais fácil cumprir o código.
2º De facto, desde que se instalaram os radares diminuiu significativamante o nº de acidentes.
3º O tempo de espera devido a engarrafamentos por acidentes foi brutalmente reduzido.
4º Caso não houvessem multas seria muito maior o número de acidentes.
5º Os poucos acidentes que ocorrem resultam de manobras perigosas que alguns automobilistas em excesso de velocidade têm travando à aproximidade do radar e posterior aceleração excessiva e inesperada. Por isso, defendo que não deveriam estar identificados e deveriam ser móveis.
6º Infelizmente há uma pequena parte de uma geração de automobilistas que não vai lá de outra forma a não ser com medidas repressivas. São de facto uma minoria.
7º Lamento que não se tenha o mesmo empenho na luta contra os acidentes e se tente minorar uma experiência que se tem revelado muito eficaz na redução de problemas de transito no Porto.

Desde que apareceu a VCI faço o percurso A4/Campo Alegre todos os dias.

Bom dia e boa condução.

Anónimo disse...

Como sempre, o Porto fez primeiro aquilo que capitais Europeias fazem há décadas. E que eu saiba não houve petições nem dramas para cumprir a lei.

De facto, o passo seguinte deverá ser radares móveis e quanto antes. Em Lisboa e no Porto. Também a exemplo de qualquer cidade da Europa.

Para algumas pessoas parece que até se conduz devagar nas cidades portuguesas e que Portugal não está vergonhosamente na cauda das estatísticas europeias. Porque será?

Pedro Gonçalves

F. Penim Redondo disse...

Considero o limite de 90 km/h bastante razoável pois a VCI tem um trafego intensíssimo.
Como sabem também não fiz nenhuma petição contra os 80 km/h da Segunda Circular.

Relembro: a minha petição é para converter o limite de certos radares em Lisboa, em locais do tipo via-rápida, de 50 para 80 km/h.

F. Penim Redondo disse...

Já me esquecia, como digo no post eu estou convencido de que uma parte substancial das 212 mil infracções não pagaram a respectiva multa.

Se alguém tiver dados sobre o número de infracções que resultaram, efectivamente, em multas pagas agradeço que me esclareça.

Se a minha suspeita corresponder à realidade isso poderá explicar porque não se ouvem queixas dos automobilistas "tripeiros".