sexta-feira, 24 de abril de 2009

Quase impossível prevenir

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Uma menina de dois anos estava na praceta junto de casa, na Ericeira, quando, de repente, um carro que não viu a sua pequenez natural de criança, a colheu mortalmente. Tão ou mais dramática que esta morte antes do tempo, é o facto de o condutor do ligeiro de mercadorias que atropelou a criança ser o seu próprio pai.
O luto instalou-se no seio daquela família composta por pai, mãe e uma única filha. Tudo se desmoronou, na quarta-feira à noite, quando, pelas 20.30, o pai efectuava uma manobra que lhe tapava a visibilidade.
"Segundo algumas testemunhas, tratou-se de um acidente em que, ao efectuar uma manobra, o homem não conseguiu ver a filha, que acabou por atropelar", disse ao DN o comandante do Destacamento de Trânsito de Torres Vedras, o tenente João Amorim.

DN 24.04.2009
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Este caso triste, como tantos outros, prova que haverá sempre um número considerável de acidentes que têm carácter imprevisível e de muito difícil prevenção. Gostava de saber como é que um caso deste tipo é tratado estatísticamente (será considerado "excesso de velocidade" ou "alcool no sangue" ?).
Por isso constitui demagogia defender objectivos irrealistas do tipo "mortes zero".
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domingo, 19 de abril de 2009

Teresa Lume no DN

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NOTÍCIAS SÁBADO, 18.04.2009

(clicar as imagens para ampliar)

terça-feira, 7 de abril de 2009

A gripe mata muito mais do que os acidentes

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A mortalidade em Portugal aumentou, nas últimas semanas de 2008 e nas primeiras seis semanas de 2009, devido à gripe.
De acordo com dados do sistema de Vigilância Diária da Mortalidade (VDM) do Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), a epidemia causou entre 1200 e 1500 mortes no último Inverno.

«De acordo com estimativas preliminares, a actividade gripal registada em Portugal nas últimas semanas de 2008 e nas primeiras seis semanas de 2009 provocou, à semelhança de outros períodos de forte actividade gripal registados no passado, um aumento da mortalidade», pode ler-se no site do INSA.

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Constata-se portanto que a gripe mata muito mais do que os acidentes de viação (1200 mortos só no Inverno enquanto os acidentes causam menos de 800 mortos durante um ano inteiro). No entanto são as "prevenções rodoviárias" que consomem mais recursos e as consequências dos acidentes são exagerados por forma a manipular a opinião pública.
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quinta-feira, 2 de abril de 2009

A ideologia dos títulos




Cerca de 13 pessoas morreram por semana nas estradas portuguesas
Público 02.04.2009
Treze pessoas morreram, em média, por semana, nas estradas portuguesas nos três primeiros meses do ano, menos 7,7 por cento do que em igual período do ano passado, revelou hoje a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.Segundo os dados, entre 1 de Janeiro e 31 de Março morreram 155 pessoas em acidentes rodoviários, menos 13 que em período idêntico de 2008, quando se registaram 168 vítimas mortais.De acordo com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), o número de feridos graves também registou uma redução nos três primeiros meses de 2009 - de 586 para 568 (menos três por cento) -, tal como os ligeiros, que desceram de 9300 para 8888 (menos 4,4 por cento).Por distritos, Porto é o que registou mais vítimas mortais no primeiro trimestre (18), seguido de Setúbal e Leiria (16). Os menores índices ocorreram em Castelo Branco, Bragança, Guarda e Portalegre, com uma vítima mortal em cada um dos distritos.

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Porque é que o título não é: "Número de mortos por aciente baixou 7,7%" ?

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