terça-feira, 19 de outubro de 2010

O condutor invisível

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A Google quer definitivamente sentar-se no banco do motorista de nossos automóveis. É o que mostra a retomada do projeto 'Pribot', com modelos Toyota Prius repletos de sensores, radares e muita tecnologia embarcada para garantir que os motoristas humanos são dispensáveis — os veículos já rodaram mais de 225 mil km, incluindo 1,6 mil km sem motorista.
Para garantir total segurança em caso de falha dos sistemas, os carros contam com um 'motorista' treinado e um engenheiro de software que monitora tudo, em tempo real, no banco do carona. Os testes que acabaram de ser realizados foram feitos na Lombard Street, em São Francisco, e na California Highway One, estrada que vai até Los Angeles.

De acordo com Dr. Sebastian Thrun, diretor do Laboratório de Inteligência Artificial de Stanford, engenheiro do Google (co-inventor do Google Street View) e vencedor da corrida de 2005 de carros dirigidos por robôs da Agência de Projetos Avançados de Defesa (Darpa), a intenção da Google é contribuir para reduzir em mais de 50% o número de acidentes causados por falhas humanas.
Ele afirma que até mesmo quem acha o projeto avançado demais para a realidade atual da maioria dos países há de concordar que os estudos feitos pela empresa podem, no mínimo, ajudar a criar dispositivos que assumam, de maneira segura, o comando do veículo em situações de risco, como, por exemplo, aqueles segundos na hora de ligar o som do carro ou em infrações como beber, comer ou enviar mensagens de texto ao volante.
Os Toyota Prius da Google respeitam limites de velocidade dos locais por onde passam, sinais de trânsito, placas de advertência, bem como a distância segura em relação a outros carros e a presença de obstáculos. Veja como no box ao lado. Na coluna 'Segurança', na página 3, o que foi debatido em Paris sobre o futuro da mobilidade.
- Um sensor rotativo no teto escaneia mais de 61 metros em todas as direções para gerar um mapa tridimensional preciso de tudo o que está ao redor do veículo.

- Câmeras montadas próximas ao retrovisor interno detectam as luzes dos sinais de trânsito e ajudam os computadores a bordo a reconhecerem obstáculos móveis como, por exemplo, pedestres e ciclistas.

- Quatro radares convencionais automotivos, três na dianteira e um na traseira, ajudam a determinar a posição de objetos distantes.

- Um sensor, montado na roda traseira esquerda, é responsável por medir pequenos movimentos feitos pelo carro. Com isso, ele contribui para localizar de maneira bastante precisa a posição do automóvel no mapa.


O DIA Online, 14.10.2010

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Aqui está uma contribuição decisiva para a segurança rodoviária.

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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Radares apanharam 58.603 excessos de velocidade

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De acordo com os dados fornecidos pelo Comando da Polícia Municipal, sempre referentes ao primeiro semestre de 2010, o aparelho que mais fotografias captou com excessos de velocidade foi o instalado na avenida da Índia, com 25.675 registos.
Na avenida Brasília foram verificados 8255 excessos de velocidade, e no túnel do Campo Grande, sentido norte-sul, 6681 infractores.
Na segunda circular, os dois radares instalados na zona das Calvanas e em Benfica, tiraram 3229 fotografias de infracções ao limite de velocidade.
Durante os primeiros três meses do ano os radares registaram 16.589 infractores, e no segundo trimestre 42.014 situações de excesso de velocidade.
O comandante da Policia Municipal explicou à agência Lusa que foram registadas "menos infracções", justificando que "possivelmente, os condutores têm mais consciência dos perigos dos excessos de velocidade e circulam mais devagar".
Vários equipamentos também sofreram "actos de vandalismo", outros "necessitaram de manutenção" além de que a policia municipal tem "muito cuidado com a calibração dos equipamentos, para não existir qualquer dúvida ou margem de erro".
Em relação à quantidade de coimas aplicadas e cobradas, o subintendente André Gomes remeteu para a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, "entidade com competência legal para a decisão administrativa dos processos de contra ordenação".
DN, 08.10.2008

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Desde que os radares foram instalados, em Julho de 2007, nunca houve ninguém que apresentasse números sobre o número de autuações e sobre o número de coimas efectivamente pagas pelos automobilistas multados. É obra.

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