sexta-feira, 26 de junho de 2009

Segurança Rodoviária: Estratégia Nacional até 2015 publicada hoje em Diário da República




Lisboa, 26 Jun (Lusa) - O Diário da República publica hoje a Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária (ENSR) 2008-2015 (VER AQUI), aprovada em Conselho de Ministros, que visa colocar Portugal entre os 10 países da União Europeia com mais baixa sinistralidade rodoviária.
"A ENSR tem um objectivo qualitativo: Colocar Portugal entre os 10 países da União Europeia com mais baixa sinistralidade rodoviária, medida em mortos a 30 dias por milhão de habitantes", lê-se na Resolução do Conselho de Ministros publicada hoje.
Por necessidade de avaliação e monitorização das acções previstas, a calendarização da estratégia está dividida em dois períodos: 2008-2011 e 2012-2015.
O objectivo é colocar, até 2011, a sinistralidade rodoviária portuguesa em 78 mortos por milhão de habitantes, equivalente a uma redução de 14,3 por cento, com base em dados de 2006.
E, numa segunda fase, reduzir a sinistralidade para 62 mortos por milhão de habitantes até 2015, correspondendo a uma redução de 31,9 por cento, com base em dados de 2006.
A ENSR engloba objectivos operacionais, nomeadamente o desenvolvimento de uma cultura de educação para a segurança rodoviária e objectivos estratégicos para condutores de veículos de duas rodas, condutores de veículos ligeiros e peões.
A sinistralidade dentro das localidades, a condução sob o efeito de álcool e substâncias psicotrópicas, velocidade, dispositivos de segurança, socorro às vítimas, infra-estruturas e veículos são outros objectivos.
SB.
Lusa/fim

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Em 2015 Portugal será provavelmente um dos países mais pobres e atrasasdos da Europa mas estará entre os 10 países da União Europeia com mais baixa sinistralidade rodoviária.
Acham que isto faz sentido ?


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terça-feira, 23 de junho de 2009

Portugal reduz em 47% mortes nas estradas

Jornal de Notícias
23.06.2009


Portugal é terceiro entre os países da União Europeia que mais reduziram o número de mortes na estrada e pode mesmo cumprir os objectivos comunitários traçados para 2010. Lisboa reportou a Bruxelas um total de 885 mortes em 2008.
Portugal conseguiu mesmo a maior redução relativa de mortalidade de crianças até 14 anos nas estradas - 15% -, enquanto países como França, Bélgica ou Suíça só cortaram tal referência em 10%. A média comunitária ficou nos 7%.
Desde 2001 Portugal diminuiu em 47% o número de vítimas mortais em acidentes rodoviários. Mais, só mesmo o Luxemburgo, com 49%, e a França, com 48%. Se os três países, bem como a Espanha, a Bélgica e a Letónia, mantiverem o sentido decrescente da sinistralidade, poderão "cortar em metade o número de mortes até 2010", lê-se no relatório do Conselho Europeu de Segurança Automóvel (ETSC), ontem divulgado em Bruxelas.
O mesmo documento diz que em 2008 morreram 79 pessoas em acidentes rodoviários por cada milhão de habitantes da UE. Em 2001 perderam a vida 113 pessoas, o ano que a UE assumiu como base de cálculo do corte para metade dos valores da sinistralidade automóvel.
A meta está, no entanto, longe de ser atingida. Em 2001 perderam a vida 54 400 pessoas e Bruxelas pretendia chegar a 2010 com um valor não superior a 25 000 mortes anuais. Em 2008, os acidentes nas estradas da UE mataram cerca de 39 mil pessoas, menos 8,5 % do que no ano anterior. Em termos comunitários representa uma redução de 28% em relação a 2001. O relatório assinala que para atingir o objectivo traçado para 2010 seria necessária uma redução anual ao ritmo dos 7,4%, uma taxa superior aos 4,4% registados de facto.
As estradas da Suécia, Holanda, Reino Unido, Malta e Suíça são consideradas as mais seguras da Europa, com números abaixo das 50 mortes por milhão de habitantes.
O ETSC analisa possíveis medidas que ajudam na redução de mortes na estrada. Numa avaliação até cinco estrelas para níveis de segurança dos passageiros, Portugal, Noruega e Suécia são os países onde, em 2008, se venderam mais veículos não comerciais classificados com quatro ou cinco estrelas.
O ETSC diz que a crise económica e os preços elevados do petróleo, registados no início do ano, também ajudaram, indirectamente, a diminuir os acidentes.
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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Uma espécie de cidade

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Referindo ao presidente do ACP, o autarca de Lisboa acusou Carlos Barbosa de ser o presidente do 'partido dos automóveis', enquanto 'nós estamos aqui para representar pessoas'.
(afirmações de António Costa a propósito do diferendo com o ACP relativamente às obras no Terreiro do Paço) CM, 16.06.2009
Mesmo admitindo que possam ser fruto de um acesso de irritação estas afirmações são extremamente preocupantes pelo que revelam sobre a atitude do Presidente da Câmara de Lisboa relativamente aos cidadãos que se deslocam em automóvel. Para ele parece que os ocupantes dos veículos não chegam sequer a ser pessoas.
Se ele contrapõe o "partido dos automóveis", que presumo devem ter usurpado o poder dos seus proprietários e condutores, à "representação das pessoas", pode concluir-se que as verdadeiras pessoas são as que estão fora dos automóveis.
Este tipo de slogans, de um primarismo indigente, é mais próprio de fanáticos e catastrofistas que de responsáveis políticos. Mas no melhor pano cai a nódoa.
A Baixa de Lisboa, entretanto, está realmente um caos. Ontem calhei passar por lá e estava a ver que não conseguia sair. Só depois de consultar um polícia de trânsito consegui perceber como sair na direcção de Santa Apolónia, mas isso só foi possível desrespeitando uma proibição de virar à direita.
Estamos entregues a "teóricos" cuja principal especialização é odiar os automobilistas.
O seu ideal de cidade é "uma espécie de campo" mas, inconscientes da contradição, no campo constroem urbanizações para o campo ser "uma espécie de cidade".
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terça-feira, 9 de junho de 2009

Fundamentalismo alastra

IOL Diário
08.06.2009



Os ciclistas Bournemouth, no Reino Unido, vão ter que ter mais cuidado este Verão. Tudo porque os polícias não vão perdoar quem exceda a velocidade de 16 quilómetros por hora. A medida está a causa polémica e, de acordo com o jornal «Daily Mail», a população acusa as autoridades de gastar o dinheiro dos contribuintes em câmaras e agentes.
O mesmo jornal refere que dois agentes vão estar em alerta caso os ciclistas ultrapassem os 16 quilómetros por hora que são medidos com câmaras móveis de controlo de velocidade. Um dos agentes regista a velocidade e o outro, que vai estar a cerca de 219 metros de distância, manda parar o ciclista.
Apesar da polémica, os ciclistas abordados não levam qualquer multa porque não têm velocímetro e são apenas alertados para as consequências de andar com velocidade a mais.

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O fundamentalismo centrado no combate à velocidade alastra como uma epidemia. Como diz um amigo meu ainda havemos de ver multar os peões por excesso de velocidade ou por terem as solas "carecas" (como alguns se recordarão isto foi usado há anos num programa do tipo "apanhados tal e qual" com enorme sucesso- as anedotas tendem a corverter-se em realidade).
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sexta-feira, 5 de junho de 2009

3000 pessoas aderiram aos sms de alerta de radares

Diário de Notícias
31.05.2009

A Autoridade de Segurança Rodoviária pediu ao MP e às polícias para tomarem medidas em relação à empresa que promove o serviço por suspeita de ilegalidade, mas o director da Radar 4554 garante que a lei não é infringida.
O serviço consiste em informar, através de mensagens no telemóvel, a localização de radares de controlo de velocidade e operações stop de controlo de álcool. Numa semana, segundo o director da empresa, Paulo Almeida, "já aderiram mais de 3000 pessoas". As dúvidas sobre a legalidade do sistema levaram o Ministério da Administração Interna (MAI) a pedir ao Ministério Público (MP) e às Forças de Segurança, que "definissem medidas que considerem necessárias".
Para já, ninguém avança com inquéritos-crime. A PSP e a GNR confirmaram ao DN que estão "atentas" ao caso. Até agora, nenhuma destas forças de segurança detectou actividade que configure a prática de um crime. Buscas à sede da empresa ou apreensão de material não se colocam até porque, como explicou o director da Radar 4554, "a central de recepção e envio das mensagens está fora do País" .
Para a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) as possíveis ilegalidades resumem-se a infracções ao Código da Estrada (ver caixa). Neste caso, serão os condutores penalizados: se estiverem a utilizar o telemóvel para ler ou enviar mensagens escritas ou por utilizar equipamento que detecta "a presença" de " instrumentos" para detecção das infracções". Esta última contra-ordenação poderia aplicar-se também à empresa, contudo, o seu director, Paulo Almeida, garantiu ao DN que "não é utilizado qualquer equipamento ilícito para localizar os radares e enviar a sua localização para os subscritores dos polícias".
De acordo com este responsável, "a informação é dada pelos próprios assinantes do serviço, os quais, quando vão na estrada e se apercebem da presença de radares ou operações stop, enviam uma mensagem para a central, a qual, por sua vez, após confirmar que a fonte é fidedigna, a reencaminha para os assinantes da zona em causa".
Da parte das polícias existe a preocupação de que este tipo de serviço possa ser utilizado por organizações criminosas para "escaparem aos controlos, por exemplo, de armas ou material roubado, que muitas vezes são detectados em operações stop. Estas não servem apenas para fazer fiscalização de álcool, muitas vezes fazem parte de operações montadas para despistagem de criminalidade grave", explicou fonte oficial.
Paulo Almeida não acredita que "os grandes criminosos precisem deste sistema para saber onde estão as operações stop da polícia". Acrescenta que o objectivo da prestação do seu serviço "é apenas contribuir para a prevenção rodoviária, informando as pessoas onde estão os radares para que abrandem a velocidade" e frisa que "nem sequer se dá a localização exacta dos radares, precisamente para evitar que as pessoas apenas diminuam a velocidade quando passam por eles". Este princípio é, no entanto, contraditório, com algumas das mensagens recebidas, como se pode ver na fotografia desta página.
Paulo Almeida salienta que este serviço existe "noutros países e conta com a colaboração da polícia, que compreende o seu carácter de prevenção de sinistralidade". Além da alegada "bondade" do serviço, o negócio é inegável. Cada alerta recebido custa 72 cêntimos. O investimento de 70 mil euros deverá ser recuperado num ano.