sexta-feira, 25 de julho de 2008

Multas por uso de faixas reservadas a transportes públicos disparam em Lisboa

Público 25.07.2008

A utilização abusiva dos espaços reservados à paragem e circulação dos transportes públicos em Lisboa valeu cinco mil autuações no primeiro semestre deste ano, aproximando-se do número de multas passadas durante todo o ano de 2007.
Segundo a transportadora Carris, nos primeiros seis meses de 2008 a Polícia Municipal aplicou 4640 autuações por estacionamento ilegal junto a paragens de autocarros e circulação indevida nos corredores bus. Em 2007, os três veículos do serviço de fiscalização, que também pode ser accionado pelos cidadãos, conduziram à aplicação de 5725 multas por uso das zonas afectas aos transportes públicos. O serviço Vigilantes é constituído por viaturas Smart e são conduzidas por um controlador de tráfego da Carris.
Ao seu lado segue um agente da Polícia Municipal, que desencadeia os procedimentos legais relacionados com as infracções. Estas equipas patrulham as zonas mais problemáticas da cidade de segunda a sexta, entre as 8h00 e as 18h00.
Desde que o serviço arrancou, 2004, a Polícia Municipal autuou 17.304 veículos. Os corredores bus constituem uma parcela pouco significativa na rede da Carris - 66 quilómetros num total de 670, ou seja, menos de 10 por cento.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Desapareceram 73 mil cartas de condução, admite Instituto da Mobilidade

Público, 24.07.2008

Três técnicos estiveram nas instalações da empresa que digitalizava os formulários com os pedidos, mas só hoje se saberá resultado
da operação

O presidente do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT), Crisóstomo Teixeira, admitiu ontem o desaparecimento de 73 mil pedidos de carta de condução, depois de ter reconhecido atrasos mas negado o caos na emissão dos títulos. A admissão seguiu-se a uma notícia publicada na edição on-line do Expresso, onde se dava conta da busca de três técnicos desta entidade às instalações da empresa que digitalizava, até ao final de Junho, os pedidos de renovação e de novas cartas.
Para o presidente da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados, Manuel João Ramos, esta situação deveria levar ao apuramento de responsabilidades político-administrativas: "O senhor presidente do IMTT deveria ser chamado à comissão parlamentar dos transportes para explicar como é que isto aconteceu".
Ontem em declarações à Rádio Renascença, Crisóstomo Teixeira disse acreditar que muitos dos processos ainda poderão aparecer: "Os que não aparecerem, pediremos por escrito às pessoas que passem pelos nossos serviços, tragam a fotografia para colar no modelo e fazer a assinatura. Faremos então o envio para a Imprensa Nacional Casa da Moeda, que os emitirá rapidamente." O presidente do IMTT garantiu: "Naturalmente, não será cobrado nada aos condutores".
Teixeira relaciona o desaparecimento dos mais de 70 mil pedidos de carta de condução com a instalação de um novo sistema informático e com o fim do contrato com a Microfil, a empresa que digitalizava os documentos.
Manuel Antunes, administrador da Microfil, confirmou ontem a presença dos técnicos do IMTT nas instalações da empresa, mas rejeitou responsabilidades da sua firma. "A Microfil não tem esses documentos. Se isso acontecesse, era o fim do nosso negócio", argumentou o administrador. O empresário está convencido que os processos vão aparecer: "Mas não na Microfil, por onde já passaram mil milhões de documentos e nunca se perdeu nada."
Crisóstomo Teixeira tem outra versão: "Quando esse contrato chegou ao fim, verificou-se que estavam a faltar muitas cartas. Temos debatido o assunto com a Microfil, não se chegou a nenhuma conclusão. Hoje [ontem] os nossos técnicos vão verificar nas memórias do sistema de gestão de bases de dados e processos se a informação ainda lá está, eventualmente mal indexada e armazenada, e enviar rapidamente para a Casa da Moeda."
O IMTT remeteu para hoje uma posição sobre a operação de ontem na Microfil.

IP4 é onde mais se circula em excesso de velocidade

Público, 24.07.2008

O Itinerário Principal n.º 4 (IP4) registou nos últimos meses os maiores excessos de velocidade em Portugal, com centenas de automobilistas a circularem a mais de 200 quilómetros por hora e a acelerarem à medida que se aproximam da fronteira.
Os excessos não foram registados pelos radares da Brigada de Trânsito (BT), mas pelos equipamentos de telemetria que a empresa Estradas de Portugal (EP) tem espalhados pelas diferentes vias do país, noticiou ontem a agência Lusa.
As autoridades locais reagiram com alguma surpresa e já anunciaram que vão apertar o cerco aos infractores, com o problema a fazer parte da agenda da próxima reunião do Conselho Distrital de Segurança Rodoviária, que terá lugar terça-feira. Os dados estão disponíveis na Internet e mostram que se atingem maiores velocidades no itinerário que liga Amarante à fronteira, em Bragança, do que na principal auto-estrada do país, a A1, entre Lisboa e Porto. Menos de 180 quilómetros por hora foi a velocidade máxima registada na auto-estrada do Norte pelos aparelhos de recolha, tratamento e divulgação de dados de tráfego da EP desde o início do ano. A velocidade máxima na A1 é de 120 quilómetros por hora. Já no IP4, quase 2200 viaturas circularam a mais do dobro dos 90 quilómetros/hora permitidos. Destas viaturas, 538 ultrapassaram os 200 quilómetros/hora, quase metade apenas nos poucos mais de 20 quilómetros que ligam Bragança à fronteira com Espanha, em Quintanilha. Só em Julho passaram nesta zona 123 automóveis a mais de 200 quilómetros/hora. "Não vamos tolerar este tipo de velocidade" disse à Lusa o governador civil, Jorge Gomes.
_________________

Nesta notícia falta um dado fundamental: o nível de sinistralidade é maior ou menor do que nos outros troços de auto-estrada semelhantes ?

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Radares estão todos funcionais

Rádio Renascença, 13.07.2008

Os 21 aparelhos instalados em Lisboa estão todos a funcionar e nenhum equipamento está avariado.
A garantia é dada pela polícia municipal, depois da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados ter denunciado que havia aparelhos avariados e que por isso havia menos infracções registadas.
Em declarações à Agência Lusa o Comandante André Gomes explicou que os 21 radares estão operacionais e que a polícia não pode inventar multas onde não existem.
Este responsável reconhece porém que pontualmente existiram pequenos problemas que foram entretanto resolvidos.

sábado, 12 de julho de 2008

ACAM denuncia que cinco radares estão avariados desde Abril

Público, 12.07.2008

A Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M) alega que cinco radares em Lisboa estão avariados desde Abril e que, há um ano, vários falham na detecção de infracções em meses diferenciados.
A posição da ACA-M surge depois de, na quinta-feira, a Polícia Municipal de Lisboa ter divulgado que os 21 radares em Lisboa registaram 80.307 excessos de velocidade no primeiro semestre deste ano, o que traduz uma diminuição de 69,3 por cento face aos 261.770 casos registados no segundo semestre de 2007.
Manuel João Ramos, dirigente da Associação, referiu, sem precisar a localização, que "cinco radares estão avariados desde Abril". Acrescentou que, "desde Julho de 2007", diversos radares "estão a falhar, têm valores '0'", já que, "em meses diferentes não há uma infracção detectada".
Segundo a ACA-M, trata-se de alguns dos radares instalados durante o ano passado das avenidas Infante D. Henrique, Ceuta, Estados Unidos da América, Gago Coutinho, Descobertas, Marechal Gomes da Costa, da Saída do Túnel do Campo Grande, da Segunda Circular e da Radial de Benfica. Para a Associação, a situação demonstra que, "quando há falhas, os radares não são revistos e, quando há avarias, elas não são reparadas" porque "há ausência de um contrato de manutenção" dos equipamentos.
Em comunicado, a ACA-M assinala que pediu esclarecimentos à autarquia lisboeta sobre os radares avariados e "as recorrentes falhas de transmissão entre os equipamentos e o posto de comando da Polícia Municipal".
A Associação adianta que solicitou igualmente à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária informações acerca do "número de coimas que ficaram por processar e por cobrar em 2007 e 2008, relativamente a infracções por excesso de velocidade detectadas". "Nenhuma coima foi cobrada desde que os radares foram instalados", sustentou Manuel João Ramos, considerando "pura propaganda" os números divulgados pela Polícia Municipal.

_______________________

Como já aqui se tinha dito estes radares, cuja eficácia ninguém comprovou, ainda vão tornar-se num enorme quebra-cabeças (vidé o que tem acontecido no Brasil com os contratos de manutenção).
Mesmo quando não estão avariados penso que, por incapacidade administrativa, não têm consequências palpáveis.
O Ministério da Administração Interna prepara-se para ampliar este escândalo através da aquisição, igualmente impreparada, de mais 300 radares para espalhar pelo país.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Radares detectaram menos 69 por cento de condutores em excesso de velocidade este ano

Os 21 radares em Lisboa registaram 80307 excessos de velocidade no primeiro semestre deste ano, o que traduz uma diminuição de 69,3 por cento face às 261.770 ocorrências registadas no segundo semestre de 2007.

Em declarações à Lusa, o comandante da Polícia Municipal, o sub-intendente André Gomes, considerou que esta redução do número de ocorrências "demonstra que os automobilistas circulam mais devagar".

O radar que mais infracções registou, durante o primeiro semestre de 2008, foi o que está instalado na avenida Infante Dom Henrique (sentido nascente/poente), com 18491 ocorrências. No segundo semestre de 2007, o radar que mais excessos de velocidade registou foi o do Túnel do Marquês de Pombal, com 60.860 ocorrências.

Ver o resto do texto no Público on-line.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Os acidentes na estrada e os erros nos hospitais

.

"Um doente internado num hospital recebe o medicamento errado, investigado o incidente descobre-se que houve troca de fármacos porque há duas marcas com rótulos muito parecidos que causaram confusão. Relatado o problema segue um alerta para todos os serviços do hospital. Os efeitos adversos dos medicamentos, as quedas de doentes e as infecções contraídas em hospitais são as três áreas onde se verificam mais erros clínicos no mundo.
...
Num workshop da DGS sobre qualidade clínica, que decorreu na semana passada, em Lisboa, chegou-se à conclusão de que receber cuidados de saúde é tão perigoso como actividades tão radicais como escalar montanhas ou fazer bungee jumping e bastante menos seguro do que conduzir um carro, constatam estudos internacionais.
Dados internacionais sobre mortes acidentais apontam para 98 mil mortes atribuíveis a erros clínicos e bastante menos, 41 mil, devidas a acidentes de automóvel. Em Portugal não há números."


__________________________


Este é um trecho do artigo publicado no Público de 07.07.2008, intitulado "Ministério quer notificação de erros clínicos em todos hospitais".


Já tínhamos referido esta questão neste blogue (aqui). O que é lamentavel é que os fundamentalistas do trânsito e os vendedores de radares, explorando a espectacularidade mediática dos acidentes, obtenham muito mais atenção dos responsáveis políticos.




domingo, 6 de julho de 2008

Número de mortos nas estradas desceu para metade entre 2000 e 2006

O número de mortos nas estradas portuguesas diminuiu para metade entre 2000 e 2006, tendência que se registou nos primeiros seis meses deste ano, segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

Os bons resultados obtidos por Portugal entre 2000 e 2006 contribuíram para que fosse distinguido em Bruxelas pelo European Transport Safety Council - Conselho Europeu de Segurança Rodoviária.

Em declarações à Lusa, o presidente da ANSR, Paulo Marques, referiu que "a partir de 2000 a curva de sinistralidade registou uma tendência decrescente e em 2006 Portugal ficou apenas a seis por cento daquilo que é a média da União Europeia em 25 Estados-membros".

Segundo o responsável, Portugal "tem sido o país que mais tem vindo sucessivamente a diminuir a sinistralidade".

Desde 1975 e até 2000, Portugal obtinha os piores indicadores de sinistralidade rodoviária ao nível da União Europeia, tendo ficado marcado o ano de 1991, quando se registaram 48.953 acidentes e causaram 2.475 mortos e 12.548 feridos graves.

A tendência inverteu-se entre 2000 e 2006 - período em que se reduziu em 30 por cento os acidentes nas estradas – com uma diminuição para metade do número de mortos e de feridos graves.

Neste período a maior redução no número de mortos verificou-se nos acidentes fora das localidades e nos atropelamentos, que baixaram para mais de metade.

De acordo com os dados da ANSR, em 2000 ocorreram 44.159 acidentes com vítimas, de que resultaram 1.629 mortos e 6.918 feridos graves.

Dos 1.629 mortos, 634 verificaram-se em acidentes dentro das localidades, 275 fora das povoações, 337 em peões e 383 em desastres com veículos de duas rodas.

Por sua vez, em 2006 registaram-se 35.680 acidentes que causaram 850 mortos, dos quais 115 foram acidentes fora das localidades, 393 no interior das povoações, 137 com peões e 205 em desastres com veículos de duas rodas, e 3.483 feridos graves.

Tendência manteve-se nos primeiros seis meses deste ano

A tendência de redução também é notória nos primeiros seis meses deste ano.

Segundo o Ministério da Administração Interna, entre 1 de Janeiro e 21 de Junho morreram 327 pessoas nas estradas portuguesas, menos 43 do que em igual período de 2007.

O número de feridos graves também diminuiu no mesmo período, durante o qual se registaram um total de 1.078, menos 315 do que em período homólogo do ano passado.

O presidente da ANSR destacou a melhoria da rede viária, a introdução de medidas de acalmia de tráfego urbano, as inspecções periódicas, o aumento das coimas, a obrigatoriedade dos condutores dos veículos pesados usarem cintos de segurança como algumas das medidas que ajudaram na redução do número de acidentes e de mortos nas estradas.

Paulo Marques enumerou ainda as alterações do código da estrada em 2005, a obrigatoriedade do pagamento das coimas no local e o aumento da fiscalização por parte das forças de segurança como outros factores.

Portugal tem como ambição diminuir para 579 o número de mortos nas estradas até 2015, equivalente a uma redução de 31,9 por cento face a 2006.

Entram hoje em vigor as alterações ao Código da Estrada, que prevêem a cassação da carta de condução, mediante a autorização do presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, quando forem praticadas tês contra-ordenações muito graves ou cinco contra-ordenações entre graves e muito graves.

Nestes casos, a carta de condução só voltará a ser concedida dois anos após a cassação.

Paulo Marques disse que as alterações ao Código da Estrada vão facilitar o processamento das contra-ordenações e permitem uma clarificação da cassação da carta de condução.

Público, 06.07.2008

________________________

Se é assim porque se vai gastar dinheiro em 300 radares ?
Não seria preferível estudar o decréscimo de acidentes que se obteve sem radares e continuar a apostar nos factores que permitiram este excelente resultado ?

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Carro da Brigada de Trânsito colide com outra viatura

A colisão entre uma viatura da Brigada de Trânsito (BT) e outro automóvel provocou dois feridos, um deles em estado muito grave.
O choque aconteceu pelas 22h00 de ontem, na estrada que liga Sátão a Viseu.
O condutor do automóvel tinha 77 anos e estava a estacionar o veículo. A manobra exigia o atravessamento da estrada.
Foram chamados ao local os bombeiros e uma viatura de desencarceramento.
O idoso foi transportado para o hospital de Viseu, em estado muito grave. Em seguida, foi transferido para a unidade de Neuro-Cirurgia do Hospital de Coimbra.
SIC, 02.07.2008

__________________________________

Neste caso, ao contrário do que é habitual, ainda não ouvi ninguém falar em "excesso de velocidade"
.