Público
22 Setembro 2007
O presidente do ACP quer acabar com os "estrangulamentos de trânsito por causa dos radares" e critica a falta de "critério" na sua colocação
O Automóvel Clube de Portugal (ACP), cujo presidente tem vindo a criticar a instalação em Lisboa de 21 radares de controlo de velocidade, propõe que se substituam alguns destes equipamentos por temporizadores e se disseminem caixas nas artérias onde há radares para que os automobilistas não percebam onde é que estes estão colocados.Num estudo entregue esta semana à Câmara de Lisboa, o ACP propõe que os radares instalados nas Avenidas Brasília e da Índia sejam substituídos por semáforos que passem a vermelho quando for excedida a velocidade máxima permitida no local. O objectivo, explica o presidente daquela entidade, enquanto aponta a Avenida 24 de Julho como um exemplo bem sucedido da instalação de temporizadores, é promover uma maior mobilidade. O estudo sugere também a colocação de várias caixas nalgumas das artérias onde foram instalados os radares, para que os condutores não percebam o local exacto onde eles estão, sendo levados a manter uma velocidade constante. "A Avenida da Índia faz filas permanentemente até Alcântara devido ao radar colocado em frente ao Centro Cultural de Belém, enquanto a Avenida Brasília faz permanentemente filas até ao Estádio Nacional por causa do sinal em frente às antigas cancelas de Belém", justifica Carlos Barbosa. O presidente do ACP defende ainda que a Segunda Circular deve ter mais radares à velocidade de 80 km/h, porque isso vai manter os automobilistas todos à mesma velocidade e permitir uma maior fluidez de trânsito e menos engarrafamentos. "O que o estudo do ACP pretende essencialmente é mobilidade em Lisboa, com segurança, e que não haja estrangulamento de trânsito por causa dos radares", resume Carlos Barbosa, argumentando que os radares foram colocados "sem critério, não foram pedidos estudos à Prevenção Rodoviária, à Direcção-Geral de Viação e à PSP". O presidente do ACP considera que entre os 21 radares instalados pela Câmara de Lisboa há vários que "não fazem sentido", como o do Campo Pequeno e os da Avenida de Ceuta, e acrescenta que o equipamento colocado no Túnel do Marquês está mal localizado. Segundo Carlos Barbosa, o vice-presidente da autarquia e vereador da Mobilidade, Marcos Perestrello, nomeou uma comissão para estudar a questão dos radares, da qual o ACP faz parte, que deverá começar as reuniões na próxima semana. Lusa O limite de velocidade na Marechal Spínola (prolongamento da Avenida dos EUA), onde a câmara de Lisboa instalou dois dos 21 radares de controlo de velocidade em funcionamento desde meados de Julho, foi ontem alterado de 50 para 80 quilómetros por hora. Esta alteração da calibragem dos radares colocados na Avenida Marechal Spínola foi feita, segundo o comandante da Polícia Municipal de Lisboa, logo após a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária ter autorizado a medida.
sábado, 22 de setembro de 2007
ACP quer ocultar a localização dos radares e substituir alguns por temporizadores
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