segunda-feira, 17 de setembro de 2007

ACP vai propor alterações aos radares de velocidade

Jornal de Notícias
13 Setembro 2007


ACP vai propor alterações aos radares de velocidade


O presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP) prevê que, até amanhã, esteja concluído o estudo que está a ser feito pelos serviços daquela entidade - em colaboração com a PSP e com a Prevenção Rodoviária Portuguesa - sobre os 21 radares de controlo de velocidade colocados pela Câmara de Lisboa em vários pontos da cidade e que, em menos de três meses, registaram mais de 90 mil infracções. O objectivo de Carlos Barbosa é entregar em breve o documento ao Executivo municipal, propondo algumas alterações para melhorar a mobilidade na capital.Desde que os radares começaram a funcionar, a 16 de Julho, Carlos Barbosa tem sido uma das vozes mais críticas desta medida, acusando a Câmara de os ter colocado aleatoriamente e sem ter ouvido as entidades que sabem do assunto. "Não houve qualquer espécie de estudo nem da parte dos serviços de viação da Câmara, nem da Direcção-Geral de Viação, nem da PSP", disse, ontem de manhã, à TSF.Dois dos radares que Carlos Barbosa considera "não terem sentido nenhum" são os das avenidas da Índia e Brasília, por entender que têm o chamado "efeito dominó", ou seja, criam filas de trânsito onde elas não existem. "Deviam ser pura e simplesmente retirados", defende, propondo que, em alternativa, sejam instalados semáforos com temporizadores que mudam para vermelho quando os veículos excedem a velocidade permitida na zona.Já em relação à Avenida Infante D. Henrique, o presidente do ACP defende que deveria ser instalado mais um radar, visto que, segundo as estatísticas, é uma das vias com mais sinistralidade em Lisboa. Em relação à velocidade máxima permitida - na maioria dos locais é de 50 quilómetros/hora, apenas na Segunda Circular e na Radial de Benfica é de 80 -, o ACP não vai ainda pronunciar-se.Ontem, Marcos Perestrello, vice-presidente da autarquia e responsável pelo pelouro da Mobilidade - com quem Carlos Barbosa já reuniu - disse que a Câmara está a estudar todos os dados relativos à colocação dos radares, mas admitiu ser cedo para fazer uma avaliação. "Não se pode precipitar uma decisão quando os radares apenas estão a trabalhar há dois meses", disse, à margem da cerimónia do aniversário da Polícia Municipal. O autarca considera que "circula-se demasiado depressa em Lisboa" e deixou uma garantia independentemente da análise de todos os estudos, "a Câmara jamais diminuirá o número de radares" nas ruas da capital.

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