sábado, 23 de maio de 2009

Obesidade: 9000 pessoas morreram desde 2004 à espera de tratamento

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Mais de nove mil pessoas morreram em Portugal desde 2004 com problemas relacionados com a obesidade enquanto aguardavam consulta ou tratamento, assegura a Associação de Obesos e Ex-obesos de Portugal (ADEXO).
Público, 21.05.2009
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De acordo com os números apresentados a obesidade mata mais do que os acidentes rodoviários. É mais uma causa de morte cuja gravidade não é reflectida pela comunicação social, pelo menos com o espalhafato normalmente usado no tratamento dos acidentes de viação.
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segunda-feira, 18 de maio de 2009

Aleluia, aleluia

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Constatei com satisfação que o problema dos atravessamentos de peões na Marechal Gomes da Costa, que eu tanto denunciei em 2007, foi finalmente resolvido.

A divisória central em frente à RTP deixou de ter "intervalos" e até foi colocada uma rede que inibe os peões mais selvajens de fazerem salto de barreiras.

Com esta obra desaparece a única razão válida para o limite de 50 km/h imposto pelo radar naquele local. Há que transferir este radar para onde possa ter utilidade.

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sexta-feira, 15 de maio de 2009

Governo aprova nova estratégia nacional de segurança rodoviária

Publico
15.05.2009

O Governo aprovou hoje a nova Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária (ENSR - 2008-2015) que pretende reduzir a sinistralidade em Portugal de 850 para 579 mortos e colocar o país nos dez primeiros estados-membros da União Europeia com menos vítimas nas estradas. O documento prevê, ainda, a introdução de mais radares e meios de fiscalização.
A estratégia anterior previa a redução em 50 por cento do número de vítimas mortais e feridos graves, objectivo traçado para 2010 mas que já foi concretizado.
As novas medidas resultam da análise dos dados recolhidos, que permitiram delinear os maiores factores de risco para o país. “Espera-se que, em 2011, o número de mortos já tenha sido reduzido para 68 mortos por milhão de habitantes e que, em 2015, seja de 54 mortos por milhão de habitantes”, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.
Na nova ENSR são, por isso, identificados como grupos de risco os condutores de veículos de duas rodas e os peões. Já o principal factor de risco é a velocidade. Na sequência desta identificação o Governo pretende reduzir em 32 por cento o número de mortos entre condutores de ligeiros e peões. Dentro das localidades, o objectivo é diminuir, até 49 por cento, o número de utilizadores de ligeiros mortos. Por outro lado, pretende-se baixar até 32 por cento as mortes entre utilizadores de duas rodas e peões.
Por fim, o executivo quer reduzir em 25 por cento o número de condutores que morrem vítimas de excesso de álcool.Assim, a nova estratégia prevê que se aposte na formação contínua dos condutores, na qualificação dos instrutores e numa “estrada auto-explicativa, que dê ao condutor a percepção sobre a forma adequada de conduzir”. Depois, o comunicado do Conselho de Ministros acrescenta que se pretende uma melhoria "do ambiente rodoviário em meio urbano, para peões e condutores” e o alargamento das inspecções periódicas a ciclomotores, motociclos, triciclos e quadriciclos.
Aposta na fiscalização
Há ainda mais cinco medidas incluídas no plano: redução do parque automóvel baseada em critérios de segurança, segurança rodoviária nas escolas, reforço da fiscalização do álcool, droga e velocidade (número de radares vai aumentar, ao mesmo tempo que passarão a ser fixos e a funcionar em sistema informático para que os dados sejam centralizados na Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária), aumento da informação sobre riscos de acidente e melhor assistência às vítimas de acidentes.
A Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária, que esteve antes em consulta pública, previa ainda a introdução da carta por pontos (um sistema que implica que a cada infracção sejam descontados pontos na carta do condutor, que uma vez acumulados podem resultar na inibição ou mesmo na cassação do título), mas nada é referido sobre este ponto no comunicado do Governo.
Da mesma forma, o Conselho de Ministros nada diz sobre a contabilização dos mortos até 30 dias após sofrerem um acidente e o sinal de proibição de conduzir a mais de 30 quilómetros/hora em algumas ruas das cidades.


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Continua, portanto, a fuga para a frente inspirada no fundamentalismo anti-velocidade e na agenda dos vendedores de radares.

Como ficou provado em Lisboa, onde ninguém conseguiu demonstrar os efeitos positivos dos 21 radares instalados, continuamos a ver tomar decisões sem qualquer fundamento e que só causam incómodos e despesas.

O que tem salvo as nossas estatísticas é a intensa proliferação das auto-estradas, como o caso da A25 tão bem demonstra.

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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Radares da VCI não passam multa

IOL Diário
06-05-2009

Se circular a mais de 90 km/h ou a menos de 40 km/h, os radares instalados na Via de Cintura Interna (VCI), no Porto, disparam e a matrícula fica registada. No entanto, desde Dezembro de 2007 que o processo acaba aí. Ou seja, a multa nunca chega a casa. Isto porque as infracções não estão a ser processadas devido a um conflito entre instituições.
De um lado está a Câmara Municipal do Porto, a quem coube a instalação dos radares em 2002, que entretanto alega ter perdido a responsabilidade. «Foram as Estradas de Portugal que, em 2007, anunciaram à autarquia que iam fazer a concessão dessa estrada, implicando que deixássemos de ter acção sobre as câmaras de vigilância e os radares instalados na VCI», explicou à TVI o vereador do Urbanismo, Lino Ferreira.
Do outro está a Estradas de Portugal (EP), que não aponta o dedo à CMP, mas sim ao Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias (Inir). «A via em questão foi integrada na Concessão Douro Litoral em Dezembro de 2007, sendo que o respectivo contrato prevê um sistema de controlo e gestão de tráfego. Face ao novo modelo (...) cabe ao Inir o controlo de execução da referida concessão», disse a empresa em comunicado enviado ao tvi24.pt.
Por sua vez, o Inir refere, também em comunicado enviado à redacção, que os radares são «equipamentos instalados para detecção de infracções ao Código da Estrada», pelo que são da competência «das entidades que fiscalizam o trânsito e o cumprimento do Código da Estrada», ou seja, das forças policias.
Contactado pelo tvi24.pt, o Comando Metropolitano da PSP do Porto não se quis pronunciar pelo assunto, garantindo apenas que esta força policial «nunca teve qualquer intervenção no processo». O imbróglio promete dar que falar, até porque, embora sejam detectadas cerca de 400 mil infracções por ano na VCI, os acidentes nesta estrada que liga a ponte do Freixo à ponte da Arrábida diminuíram 90 por cento desde a instalação dos radares. Agora, sem multas, a situação pode mudar.