quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Lisboa: Número de mortes em acidentes de viação na cidade baixou em 2006

Lusa
9 de Julho de 2007


Lisboa, 09 Jul (Lusa) - A presidente da Comissão Administrativa da Câmara de Lisboa, Marina Ferreira, anunciou hoje que o número de vítimas mortais em acidentes de viação na cidade baixou de 49, em 2005, para 22, no ano passado.

Numa conferência de imprensa nos Paços do Concelho, Marina Ferreira manifestou-se convicta de que os radares, que começam a funcionar em pleno na próxima segunda-feira, dia 16, vão contribuir para baixar ainda mais os números da sinistralidade.

"Este sistema, do ponto de vista experimental, mostra já uma redução da sinistralidade. Estamos convictos que estes números serão ainda mais significativos quando estiver a funcionar em termos sancionatórios", afirmou.

Marina Ferreira alertou que a partir de segunda-feira os automobilistas que excederem os limites de velocidade serão sujeitos a contra-ordenação.

Ao anunciar a decisão definitiva da Comissão Nacional de Protecção de Dados sobre o funcionamento dos radares, a presidente da Comissão Administrativa manifestou-se satisfeita, sublinhando que se empenhou pessoalmente neste projecto, que vê concretizado ainda durante a sua permanência na câmara.

Os radares são reactivados a partir de hoje, em regime de prevenção, com flash, para que os condutores não sejam apanhados desprevenidos.

Marina Ferreira justificou o atraso na entrada dos radares em pleno funcionamento com o parecer definitivo da Comissão Nacional de Protecção de Dados, que recebeu sexta-feira.

"Sou jurista de formação e por isso sou muito sensível às questões de salvaguarda da privacidade", disse, acrescentando que os radares permitem evitar acidentes.

"O facto de haver apenas um voto desfavorável, mostra a sensibilidade da comissão ao nosso parecer", disse.

No total, são 21 radares colocados em vias municipais, não estando abrangido o Eixo Norte-Sul por estar sob alçada da Estradas de Portugal, explicou.

Os radares estão colocados na Segunda Circular, nas avenidas das Descobertas, da Índia, Cidade do Porto, Brasília, de Ceuta, Infante D. Henrique, Estados Unidos da América, Marechal Gomes da Costa e Gago Coutinho e nos túneis do Campo Grande, do Marquês de Pombal, e da Avenida João XXI, bem como na Radial de Benfica.

No ano passado, registaram-se 2.502 acidentes com vítimas na cidade, contra 2.646 em 2005, segundo dados hoje divulgados.

Os acidentes ocorridos no ano passado na cidade causaram 22 mortos, 289 feridos graves e 2.872 ligeiros.

No distrito, estes números elevam-se a 102 mortos, 678 feridos graves e 8.435 ligeiros.

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A Dra. Marina, que criou este imbróglio dos radares devia explicar o seguinte:

- Se estava a obter tão bons resultados na redução do número de vítimas, sem os famigerados radares, porque não tentou perceber as razões desse abaixamento e continuar por esse caminho que estava a dar frutos ?

- As vítimas mortais foram 22 em 2006. Uma parte dessas 22 vítimas mortais não resultou de excessos de velocidade e a maior parte dos radares não se encontra sequer nos locais de maior incidência de acidentes.
É legítimo concluir que os 21 radares só muito remotamente evitarão qualquer vítima mortal.

Assim sendo, acha mesmo que se justifica obrigar os lisboetas a pagar, através das multas, os milhões de euros que os radares custaram mais os vencimentos dos polícias municipais que processam as coimas e ainda os honorários dos técnicos e advogados que se verão envolvidos nas numerosas impugnações judiciais ?

Infelizmente reina a impunidade nos mandatos políticos.

17 comentários:

Anónimo disse...

Mais uma vez um daqueles comentários descabidos...se algum dos radares não está de acordo com a legislação então proteste contra isso,mas mais uma vez o que importa ºe quebrar a lei, Viva a anarquia, cada um faz como entender!!!!

F. Penim Redondo disse...

Como cidadão tenho o direito de protestar contra o mau uso dos dinheiros dos contribuintes.

A democracia funciona assim...

Anónimo disse...

O Penim é um Proudhon de calções. Acha que controlar as velocidades é um atentado à liberdade. Enfim, visões de sociedade...uma posição ideológica que, aliás tem todo o direito de existir.

JD

Anónimo disse...

este jaime deve vir de outro planeta, chegou e disse

Anónimo disse...

Como cidadão tem todo o direito de protestar contra o que acha que está mal e de tentar mudar. Não tem o direito que apelar ºa desordem publica e á ilegalidade, que é o que está a fazer. ao apelar ao naão cumprimento da lei.

F. Penim Redondo disse...

Caro "da holanda" eu nunca apelei à "desordem pública nem à ilegalidade". Limitei-me a fazer uma petição online para os cidadãos poderem expressar democraticamente a sua opinião.

Sam disse...

Caro na holanda

Não sei em que medida um protesto e uma petição são ilegais e apelam á desordem pública. É apenas uma petição para um aumento de velocidade de 50km/h para 80km/h. Isto não é só legal, como faz parte da democracia. Mas mesmo que seja ilegal, então já pensou nos mais de 6 milhões de Euros que os radares renderam em apenas dois meses? Ilegal devia ser o governo lucrar da forma como lucra e por exemplo não aumentar o ordenado mínimo deste país que é uma miséria. Mas até posso dar o exemplo do antigo IVA que era cobrado sobre o IA, ou então da percentagem de impostos sobre combustíveis que são um abuso. Mas não, continuemos a viver neste país, sem contestar as leis que este país “inventa”, passar nos radares, pagar multas porque passamos a 1 ou 2 km/h acima do limite, e deixar uma grande percentagem das pessoas deste país a viver com o ordenado mínimo.

Anónimo disse...

Eu nunca disse que a peticao era ilegal nem que pedir limites superiores seja ilegal, posso não concordar com ela mas essa é a vantagem de vivermos numa democracia podemos exprimir a nossa opinião quando não concordamos com algo. O que não se pode fazer é apelar ao não cumprimento da lei como fez o Penim em alguns dos seus comentários.

Anónimo disse...

Pois... é que existe o "Penim da petição" e que faz parte de uma comissão e que só pede para que se altere a lei.

E o "Penim do blog" que diz que não cumpre a lei dos limites de velocidade, acha impossível cumprir a lei, que acha que a velocidade não tem influencia no número de feridos ou mortos, que acha que o limite das autoestradas deve ser mais que 120 km/h, que acha que é ridículo haver um limite de velocidades nas localidades, é contra radares...e outras enormidades do género que nem o ACP subscreve. É esse "menino rabino", o "representante oficioso" de 10,000 assinaturas algumas delas com nomes obviamente falsos, outras até mesmo contra a petição ( ver os comentários). Enfim, uns incautos, sabesse lá quantos, inadvertidamente acabaram por nomear um "bobo" para os representar - talvez mereçam.

Felizmente é um personagem do passado e qualquer pessoa com bom senso sabe que a direcção da civilização europeia é no sentido contrário: haverá cada vez mais radares e as velocidades serão cada menores e vez mais controladas. Caso ainda não tenham reparado há muita gente que está farta de viver num país que nos devia envergonhar a todos com as suas estatísticas de segurança rodoviária - já agora podem ler a crónica do público de Sexta do Professor Carlos Fiolhais e que o Sr. Penim se esqueceu de mencionar:

"A razão manda que os limites de velocidades vigentes sejam mantidos e bem fiscalizados"

Pedro T

Anónimo disse...

"haverá cada vez mais radares e as velocidades serão cada menores e vez mais controladas"

o pedro teixeira é um daqueles imbecis que pensa que a humanidade vai andar cada vez mais devagar até parar de vez.

não há pachorra

Anónimo disse...

Caro Anónimo,

O seu comentário só demonstra ignorância e provincianismo.

No resto da Europa há décadas que há cada vez mais radares e as velocidades são cada menores e mais controladas.

Não pararam de vez. Alias economicamente é inegável que andam mais depressa que nós.

JA

Anónimo disse...

A Europa que refere é a que fornece aos aceleras portugueses os Ferrari, os Porsche, os Mercedes, os Audi, os Volvo, os Saab que atingem os 250 km/h.
É caso para pensar que os fabricam só a pensar nos portugueses que, na opinião dos patetas, são os únicos irresponsáveis do planeta.

A Europa que refere já era muito rica antes de se dedicar às paranóias securitárias e, em parte por causa disso, está em decadência quando comparada com outras regiões do globo.

Sugiro aos patetas bem-pensantes que, juntamente com as regras de trânsito inadequadas, importem os níveis salariais e a protecção social dos países nórdicos.

Não faz sentido começar pelo fim.

Anónimo disse...

O pateta do Jorge Campos tem toda a razão, só quando formos ricos é que devemos deixar de nos matar uns aos outros nas estradas e ruas de Lisboa.

Entretanto, não quer um bilhete só de ida para o Burundi? Aí poderá andar à velocidade que bem entende, num ambiente menos decadente e elevados níveis salariais.

JA

Anónimo disse...

o JA com essas referências ao Burundi, lamento dizê-lo, revela-se um bocado racista...

Anónimo disse...

Outro falso Jaime Dias... será o Jorge Penim Campos Redondo em desespero de causa? :-)

Anónimo disse...

O Jaime Dias é um caso típico de dupla personalidade. Também me parece um bocado palerma.

Anónimo disse...

Eu também ando com um problema de dupla personalidade.

Penim Campos Redondinho