terça-feira, 27 de novembro de 2007

GNR de Ovar apreendeu 13 automóveis que se dedicavam ao street racing na A1

Corridas ilegais decorriam habitualmente nas noites de domingo para segunda-feira, com concentração de condutores e assistentes na área de serviço de Antuã

Para conseguir apreender as viaturas de street racing, por condução perigosa, as autoridades policiais encetam vários meses de investigação, normalmente, com agentes infiltrados junto do local das corridas, recolhendo provas que confirmem o ilícito criminal. Podem ainda actuar ao abrigo da Código da Estrada, autuando as alterações às características dos veículos ou as situações de excesso de velocidade.

a O destacamento da GNR de Ovar procedeu, durante a madrugada de ontem, à apreensão de 13 viaturas que estavam referenciadas pela prática de corridas ilegais na Auto-Estrada do Norte (A1). A operação, que contou com o apoio do destacamento de Oliveira de Azeméis e da Brigada de Trânsito de Aveiro, resultou de uma investigação criminal que vinha decorrendo desde Março. Os proprietários e condutores dos veículos foram já constituídos arguidos e segundo garantiu fonte policial a investigação irá prosseguir, não estando descartada a possibilidade de virem a ser realizadas mais apreensões.
As averiguações encetadas pelo Núcleo de Investigação Criminal do destacamento de Ovar, há já vários meses, confirmavam a prática daquilo que é designado como street racing na A1, na zona da área de serviço de Antuã, normalmente nas noites de domingo para segunda-feira. Sempre sob a atenção de muitos assistentes - que se apinhavam nas passagens superiores ou junto à estação de serviço - e com viaturas a circular a velocidades superiores a 200 km/h. Ontem de madrugada, a GNR conseguiu surpreender alguns dos veículos e condutores referenciados.
Numa primeira fase, a operação policial, que envolveu cerca de 80 militares da GNR, centrou atenções no local normalmente usado pelos condutores e assistentes para se concentrarem antes das corridas, em Oliveira de Azeméis. Chegados à zona do pavilhão da Oliveirense, os efectivos procederam à identificação de alguns condutores e assistentes, procedendo também "à apreensão de duas viaturas que estavam indiciadas pela prática de condução perigosa", adiantou o major Manuel Afonso, do destacamento de Ovar da GNR.
Depois desta primeira acção, que se estendeu entre as 23h30 de anteontem e as 01h de ontem, a GNR realizou depois, a partir das 7h, várias buscas em residências de Estarreja, Ovar e Albergaria-a-Velha, apreendendo mais 11 veículos referenciados por condução perigosa. "São viaturas que atingem velocidades de 200 km/h, e algumas que chegam aos 300", especificou o comandante do destacamento responsável pela operação.
Esta prática de corridas ilegais na A1 não é caso exclusivo no distrito de Aveiro. Durante vários anos, o destacamento de Aveiro da GNR detectou problema semelhante na Zona Industrial da Mota, Ílhavo. Nas noites de sexta-feira e sábado, o local chegava a registar uma afluência de várias centenas de pessoas, entre público e condutores participantes.
As corridas naquela zona chegaram a acabar em tragédia: um choque entre duas motos provocou, em 2004, um morto e quatro feridos. No caso das corridas da A1, as autoridades garantem que aquela prática já esteve na origem de um despiste de um automóvel que foi surpreendido pelas manobras dos street racers.

Público, 27.11.2007
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Assim é que eu gosto, perseguir quem merece ser perseguido.

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2 comentários:

Anónimo disse...

"São viaturas que atingem velocidades de 200 km/h, e algumas que chegam aos 300"

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Isso é critério para alguma coisa? Não se vendem em Portugal centenas de carros, devidamente homologados e legais, que ultrapassam os 200 km/h? Não se vendem cá, dentro da legalidade, carros que atingem os 300 km/h?

E, se bem me lembro, ainda se vendem cá pistolas, facas, tacos de baseball, tubagens de andaimes, mocas, luvas de boxe...

Concordo com a acção levada a cabo, mas acho ridículos os comentários em jeito de justificação, que são inaceitáveis. Se o problema é esse, então queiram proibir a venda de carros que ultrapassem certas velocidades no nosso país... isso sim, era "a valer"!

Anónimo disse...

tudo bem que se tem de fazer justiça e condenar quem efectua crimes, mas acusar pessoas inocentes, e não reconhecer em publico e na tv que tambem se erra, não é da justiça portuguesa, enfim...........quem paga os danos morais as familias das vitimas? por serem pobres... e que se mostra na tv...