Não devemos desperdiçar a oportunidade de aprender com os graves acidentes ocorridos nos últimos dias.
É pena que as autoridades responsáveis pela prevenção ainda não tenham esclarecido o público sobre os factores que propiciaram, ou causaram, os acidentes.
Por isso temos que usar o material que os jornais, de forma avulsa, vão dedicando às circunstâncias e causas dos sinistros.
Atropelamento da Infante D. Henrique
Não existem dados sobre a velocidade a que circulava o automóvel nem sobre a razão pela qual se descontrolou. Uma coisa é, no entanto, certa: o facto de haver dois radares na Infante D. Henrique não impediu que o acidente se verificasse.
Pode até ter acontecido que o automóvel sinistrado tenha passado no radar abaixo dos 50 e que depois, já no Terreiro do Paço, tenha provocado o acidente. Dada a extensão da Infante D. Henrique, 10 km, seriam necessárias muitas dezenas de radares só nessa via para garantir que a velocidade estabelecida não seria desrespeitada. Como qualquer pessoa compreende não pode ser essa a solução.
Atropelamento em Tires
Os jornais referem que a avó e as duas crianças, durante ou depois de ter atravessado a rua na passadeira, terão decidido subitamente voltar para trás.
Tudo leva a crer que terão surpreendido o condutor do automóvel que os atropelou com um comportamento completamente inesperado.
A ser assim somos levados a pensar com mais atenção a problemática das distracções que, como já foi demonstrado em Espanha, estão na causa de muitos acidentes
Colisão e despiste na A23
As descrições e testemunhos apontam para um erro da condutora do veículo ligeiro que, depois da ultrapassagem do autocarro, terá tentado regressar cedo demais à faixa da direita levando ao descontrole do pesado.
Se assim foi trata-se de um erro técnico da condutora, ou por inépcia ou por distracção.
Este parece ser um caso em que, em vez de excesso de velocidade, se deverá falar de velocidade insuficiente. Nem sempre andar mais devagar significa mais segurança.
2 comentários:
Parece que o Sr. Penin está com algum problema de visão.
Então não viu as imagens do carro nem a descricção do acidente na Av. Infante D. Henrique. Acredita que a 50 km/h os corpos dos peões ficam cortados aos bocados. Ou sempre acredita que essa Avenida tem condições para que se possa circular a 80 ?
E porque está a desculpabilizar o condutor de Tires. Sabe o que aconteceu? O que lhe garante que nada teve a ver com a velocidade. Ou não acha que se os peões voltassem para trás o condutor não tinha muito mais tempo para os ver. E por acaso não terá visto que eram crianças também. E não sabia que as crianças têm comportamentos imprevisíveis. O condutor talvez não soubesse, mas Sr. Penin não acha um impacto um pouco violento para um condutor que viu os peões. Já viu que o pára-brisas do carro ficou bem danificado.
E em relação à A23, esta frase diz tudo "Este parece ser um caso em que, em vez de excesso de velocidade, se deverá falar de velocidade insuficiente".
Por favor não goze com a tragédia alheia. Não sabe o que se passou, assim como eu não sei, mas não comece desde já a ilibar a velocidade, quando não sabe. Parece um Street Racer repimido.
Tenho dito
João
O João funciona numa lógica inquestionável: se estivesse parado não batia.
Mesmo quando há velocidade excessiva o mais importante é perceber porque é que isso aconteceu. Para evitar.
O João recusa-se a compreender porque o seu objectivo não é prevenir mas acusar.
OS OUTROS PORTUGUESES é que são uns facínoras. Ele não.
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