segunda-feira, 5 de novembro de 2007

As verdadeiras causas dos acidentes (16)

Portugal Diário
3 de Novembro 2007






Um condutor de 82 anos faleceu hoje em Lisboa depois de ter sido acometido por doença súbita enquanto conduzia, embatendo em contramão em três viaturas, provocando danos materiais, indicou hoje à agência Lusa a PSP da capital.
O acidente ocorreu cerca das 16:30 na rua Conde de Almoster quando um homem, de 82 anos, se despistou, embatendo em três outras viaturas que seguiam em sentido contrário.
Segundo a mesma fonte, o condutor foi acometido por doença súbita no momento do despiste, que causou ferimentos ligeiros na mulher que o acompanhava, tendo sido encaminhada para um hospital, e danos materiais dos três outros veículos.
Ao local do acidente acorreu ainda uma equipa do INEM, mas o condutor já se encontrava sem vida.

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Este caso ensina várias coisas. Primeiro, que não faz sentido falar de "zero acidentes" como objectivo na medida em que há e haverá sempre situações deste tipo. Segundo, não sabemos realmente quantos casos destes acontecem todos os anos e acabam por ser tratados como casos de "excesso de velocidade", em especial quando não há sobreviventes para contar o que aconteceu. Não esquecer que todos os dias há milhões de pessoas ao volante e que por isso há uma elevada probabilidade de alguns falecerem subitamente.

3 comentários:

Anónimo disse...

As notícias que o Penin Redondo se "esquece" de colocar no seu blog:


Criança de seis anos atropelada em Tires morreu


No acidente ficaram ainda feridos a avó e um outro neto



A criança de seis anos que foi hoje atropelada numa passadeira em Tires, Cascais, morreu esta tarde no Hospital de São Francisco Xavier, onde dera entrada em estado "muito crítico", disse à Lusa fonte hospitalar. Segundo as autoridades, a criança foi projectada por uma primeira viatura junto ao estabelecimento prisional de Tires e voltou a ser atropelada por um carro que seguia no sentido contrário, sofrendo três traumatismos graves - cranio-encefálico, torácico e abdominal - e, já a caminho do hospital, uma paragem cardio-respiratória. "Passou várias horas no bloco operatório, mas o problema não decorreu da cirurgia. O menino entrou já num estado muito crítico e acabou por falecer há cerca de duas ou três horas", explicou fonte hospitalar, por volta das 18:00, escusando-se a divulgar a causa concreta da morte. No acidente ficaram ainda feridos a avó da criança, com 63 anos, e um outro neto com quatro, mas ambos estão livres de perigo. Segundo fonte policial, os testes de alcoolémia feitos no local aos dois condutores, ambos homens, não acusaram qualquer excesso, enquanto os resultados da despitagem de substâncias psico-trópicas, realizada já no Hospital Distrital de Cascais, serão ainda analisados pelo Instituto de Medicina Legal.

Uma vez que os resultados dos testes de alcoolémia não motivaram qualquer detenção imediata, as autoridades estão a elaborar um processo-crime a ser enviado para o Ministério Público, seguindo-se uma fase de inquérito por esta entidade.

F. Penim Redondo disse...

A coincidência de vários acidentes espectaculares num curto período de tempo não tem qualquer significado para a análise da sinistralidade em Portugal.
No fim do ano se saberá se houve melhoria dos indices ou não.

Também não tem qualquer significado estatístico a descrição mórbida dos detalhes anatómicos excepto para os médicos que têm que tratar os feridos.

Claro que há quem esteja interessado em usar essa informação para activar os instintos mais básicos e fomentar os comportamentos irracionais.
Esses movem-se por interesses mais ou menos obscuros e, em alguns casos, inconfessáveis.

Anónimo disse...

As duas viaturas galgaram os railes de protecção e caíram numa ravina com 50 metros de altura, capotando várias vezes antes de se imobilizarem. As causas do acidente não são ainda conhecidas.

As causas dos acidentes nunca são consideradas importantes.