domingo, 21 de outubro de 2007

Radares já estão multando; motoristas driblam flagra

Jornal da Cidade, Bauru
20 de Outubro 2007

Agora é para valer. Desde o início desta madrugada, os 18 radares fixos instalados em Bauru – sete a mais que até o último dia 13 de julho, quando foram desligados - já estão em operação, ou seja, multando os veículos que passarem pelos pontos de fiscalização em velocidade acima da máxima permitida para a via. Mas nos últimos dez dias, período em que os aparelhos funcionaram em caráter de teste, já havia muitos motoristas driblando a fiscalização pelo menos de duas formas. Uma, a mais comum, é pelos motociclistas.

Em duas oportunidades, o Jornal da Cidade verificou motociclista tampar, com uma das mãos, a placa do veículo ao passar pelo radar, evitando a identificação da moto. O comerciante Luiz Carlos Quatrina, que possui uma sorveteria no lado par da quadra 13 da avenida Duque de Caxias, onde agora também há radar, tem observado a mesma tática. “Principalmente entregador de pizza. Eles passam em alta velocidade, no meio dos carros, e tiram uma mão do volante para tapar a placa em frente ao radar”, conta. O outro “jeitinho” para evitar a multa está ocorrendo na avenida Moussa Tobias, que também passou a ter radar. O fluxo da avenida reduziu nos últimos dias ao mesmo tempo que aumentou o número de veículos circulando pelas marginais da via.

Ou seja, os motoristas estão “migrando” para as marginais, onde não há fiscalização eletrônica da velocidade.Como a avenida Moussa Tobias é dotada de marginais de ambos os lados em praticamente toda sua extensão, de cerca de dois quilômetros, o motorista consegue com facilidade evitar a pista principal, onde o radar está instalado. Mas a “migração” é perigosa, alerta Roberto Sahão, comerciante estabelecido na quadra 3, onde está instalado o radar. “Metade do trânsito está desviando para as marginais e em alta velocidade, onde deveria andar mais devagar porque é entrada e saída para o bairro”, afirma.

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Lisboa ainda tem muito a aprender com Bauru.
Será mesmo isto que nós queremos imitar ?

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