quarta-feira, 3 de outubro de 2007

129.749 em dois meses

Correio da Manhã
3 de Outubro 2007



9,6 milhões de euros em multas

Os dados, avançados ontem pela Polícia Municipal (PM), mostram, no entanto, uma tendência para o decréscimo do número de infracções: das 21 695 registadas entre 16 e 22 de Julho (a primeira semana de funcionamento dos aparelhos) passou-se, na última semana (24 a 30 de Setembro), para 10 708, menos de metade, ou seja, de cerca de quatro mil infracções diárias – dados respeitantes ao mês de Julho, quando havia menos viaturas a circular devido às férias – passou-se para uma média de 2000 a 2500 multas por dia.

“É notório que se conduz mais devagar na cidade e não só nas zonas onde há radares”, sublinhou ao CM o comandante da PM, André Gomes, frisando que os números mostram que “o objectivo da Câmara de Lisboa, com a instalação dos radares [para reduzir a velocidade e diminuir a sinistralidade ] está a ser alcançado e de forma notória”.

Segundo os dados, as 129 749 infracções registadas entre 16 de Julho e 2 de Outubro (ontem), respeitam a 105 715 infracções leves (puníveis com multas de pelo menos 60 euros), 22 263 graves (com um mínimo de 120 euros) e 1771 muito graves (com multas de 300 e 500 euros, no mínimo, segundo o grau de gravidade). Renderam já – somados pelos valores mínimos – 9,6 milhões de euros .

PORMENORES

DE 60 A 2500 EUROS

Os condutores apanhados em excesso de velocidade incorrem em coimas entre os 60 e os 2500 euros. Os ligeiros ou motos que excedam em 20 km/h os limites estipulados pagam entre os 60 e os 300 euros. A multa máxima é de 500 a 2500 euros se o automobilista exceder em 60 km/h ou mais os limites de velocidade fixados. Além da multa, o condutor está sujeito, nestes casos, à apreensão da carta de condução.

COMISSÃO REÚNE

A comissão para avaliação do sistema de radares de Lisboa reuniu ontem e vai voltar a juntar-se dentro de um mês para analisar as estatísticas.

DE 50 PARA 80

O limite de velocidade no prolongamento da Av. Estados Unidos da América foi reposto, há duas semanas, nos 80 km/h de velocidade máxima, a pedido da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.

Sofia Rêgo

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Lamento ter de discordar do senhor comandante da PM, André Gomes, mas não está de forma alguma demonstrado que “o objectivo da Câmara de Lisboa, com a instalação dos radares [para reduzir a velocidade e diminuir a sinistralidade ] está a ser alcançado e de forma notória”. A Comissão de Avaliação ainda mal começou o seu trabalho e não chegou, portanto, a qualquer conclusão sobre essa matéria.

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