terça-feira, 30 de outubro de 2007

Câmara de Lisboa muda acessos à Segunda Circular

Expresso
27 de Outubro 2007


Transformar a 2ª Circular numa ‘‘via urbana de facto’’ é o objectivo que preside à grande intervenção que a autarquia de Lisboa está a preparar. O conjunto de obras ‘‘a executar de imediato’’, segundo um relatório a que o Expresso teve acesso, prevê o encerramento de alguns nós, como o de acesso ao Bairro da Encarnação - considerado pelos peritos camarários como uma “situação de conflito extremamente perigosa quer para os utentes da 2ª Circular quer para os habitantes do bairro’’; e o de saída para Telheiras, localizado logo após o Colégio Alemão. Noutros locais vão ser inseridas vias de aceleração. É o caso do acesso das Calvanas para quem segue para a A1, das entradas da Rotunda do Aeroporto, do Eixo norte-sul e da Estrada da Luz.

Além das alterações nos acessos haverá também remodelações entre a Av. da Pontinha (Colombo) e a Av. Lusíada, e na saída para a Estrada da Luz, em direcção a Sete Rios.

As entradas em Lisboa pela auto-estrada do Norte e pela Radial de Sintra, vão ser ‘‘marcadas’’ pela criação de ‘Portas da Cidade’ - uma forma ‘‘de garantir a transição entre ambientes rodoviários distintos, induzindo à redução da velocidade de circulação’’.

No nó do Ralis vão ser removidos todos os painéis publicitários e árvores e rectificadas as copas das árvores existentes junto ao viaduto do relógio.

Fonte ligada ao processo disse estar ‘‘a câmara está a fazer a avaliação dos custos da intervenção’’, ainda não estando definido o calendário da sua execução.

Quanto ao limite de velocidade passar dos actuais 80 km/h para o das vias urbanas (50 km/h) ‘‘é ainda uma hipótese que está a ser estudada’’, segundo a mesma fonte oficial.

Recorde-se que esta medida foi uma das propostas feita por um outro relatório, da responsabilidade do Observatório de Segurança das Estradas e Cidades, cujos técnicos consideravam “prioritária’’ como intervenção para prevenir acidentes.

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Esperemos que não se trate de mais uma medida mal pensada, inspirada no fundamentalismo e penalizadora dos cidadãos .
Para já não aparece nenhuma justificação baseada no número e tipo de acidentes registados, o que é um mau sinal. Costuma descrever-se e estudar-se o problema antes de adoptar a solução, não é verdade ?


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