Com algumas escoriações na face e ainda incrédulo com o sucedido enquanto ia retirando os destroços, Manuel Cavaco, de 50 anos, pasteleiro, descreveu ao DN o susto que apanhou pelas 04.20 de ontem, quando um Audi 80 se despistou à saída de Faro, na EN125, perto das pontes de Marchil, derrubou uma oliveira e colidiu violentamente contra a sua casa, situada no lado oposto da via.
O condutor e único ocupante do veículo com motor transformado de um Porsche, segundo soube o DN, teve morte imediata. Tinha 26 anos e era proprietário de um café em Faro.
O Audi 80, que seguia no sentido Faro-Loulé, ainda transpôs três vias de rodagem até embater contra uma árvore e a habitação, já antiga e constituída apenas por rés-do-chão.
O comandante dos Bombeiros Municipais de Faro, Vítor Afonso, garantiu ao DN estar-se perante um caso de "bastante velocidade excessiva", numa zona onde o limite é de 50 a 60 quilómetros por hora.
Dois acidentes de viação, na mesma página do DN de 10 de Dezembro de 2007.São dois exemplos de acidentes que nunca poderão ser evitados pelo abaixamento dos limites legais de velocidade nem pelo controle dos radares (é impossível ter um radar em cada kilómetro de estrada).
O verdadeiro problema não foi, em qualquer dos casos, terem excedido os 50 km/h que a lei estabelece (se o limite fosse 30 também teriam desobedecido). Se circulassem a 60 km/h continuavam acima do limite legal mas o acidente não teria acontecido.
O problema foi a completa inadequação da velocidade às condições concretas em que os veículos circulavam.
Quando a velocidade surge como fonte de prazer é necessário procurar as causas dos acidentes na publicidade aos automóveis e nas transmissões televisivas das provas automobilísticas, por exemplo.
4 comentários:
Já aqui vi o Sr Penim fazer alguns comentários "barbaros" mas este está "lá em cima".
Então como é que o sr. Penim sugere que as pessoas sejam obrigadas a circular mais devagar????
Eu acho que fui bem claro mas o "na Holanda" não percebeu por isso vou explicar melhor.
Não me parece correcto começar por motivar as pessoas para a "velocidade pela velocidade", através da publicidade e do empolamento dos "Grandes Prémios" automobilísticos, e depois vir multá-las porque cederam a essas influências.
Era mais inteligente evitar que as pessoas fossem motivadas a gostar de altas velocidades. Prevenção em vez de repressão.
Já percebeu ?
O Penim parece um politico, fala fala fala mas não diz nada.
Diga-me algumas medidas concretas, é disso que estamos a falar (já que não gosta da "repressão" dos radares)!
Sr. Penim continuo à espera das suas soluções...
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