quarta-feira, 29 de agosto de 2007

As verdadeiras causas dos acidentes (4)




A principal razão que leva a focar quase todas as atenções da "prevenção rodoviária" nos limites abstractos de velocidade é ser esta a melhor forma de transferir responsabilidades das entidades oficiais para as costas dos cidadãos.
Devia haver uma passagem aérea ou subterrânea para os peões no sentido de evitar atropelamentos ? em vez de a fazer acusa-se todos os condutores de andar depressa demais e coloca-se um radar caça-multas.
Deviam haver polícia na estrada a detectar e penalizar manobras perigosas como ultrapassagens sem visibilidade ou inversão de marcha em auto-estradas ? em vez disso acusa-se todos os automobilistas de exceder os limites legais de velocidade.
Devia haver o cuidado de construir ou reparar as estradas de forma a garantir um piso e um traçado seguros ? em vez disso adia-se as obras e baixa-se de novo o limite máximo de velocidade.

Vem a propósito, e é ilustrativo, o artigo publicado no DN do dia 25 de Agosto, com o título "Segunda Circular é um perigo para condutores". Aqui fica um excerto:

Falta de visibilidade em várias curvas, piso não aderente, acumulação de água, perigo de hidroplanagem, existência de sumidouros em vez de valas para escoar a água da chuva e inexistência de faixas de aceleração. Estas são algumas das falhas graves existentes na Segunda Circular (Avenida Norton de Matos), em Lisboa. Os problemas integram um extenso relatório do Observatório de Segurança das Estradas e Cidades (OSEC) a que o DN teve acesso. O OSEC pede à autarquia o fecho imediato, por perigo elevado, do acesso pela Rua Cidade do Porto. A câmara municipal está a estudar o dossier. "Tendo-se verificado a existência de várias situações que atentam gravemente contra a segurança rodoviária na Segunda Circular, e põem em perigo a vida dos seus utentes, apresenta-se este relatório para despoletar as urgentes correcções que se impõem antes da ocorrência da próxima época das chuvas", lê-se no documento. Mais: "Verifica-se que a velocidade de tráfego praticada na estrada está acima das condições de segurança que a estrada oferece."

1 comentário:

Anónimo disse...

És um Mentiroso! O Artigo estipula que a OSCE quer mais radares para certificar que o limite de 80 km/h é cumprido na 2º circular. Qual passagem aérea qual carapuça, o artigo é sobre os condutores automobilistas que usam essa via rápida. Palhaço!