quarta-feira, 22 de agosto de 2007
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A resposta aos acidentes de viação em Portugal tem vindo a ser equacionada, quer nos meios de comunicação quer nas instâncias do poder, a partir de quatro ideias erradas e mistificadoras: - Que os acidentes de viação constituem uma das principais causas de morte e são um dos problemas mais graves com que se defronta a sociedade portuguesa. * a verdade é que só 0,79 % dos falecimentos em 2006 tiveram como causa os acidentes de viação. Todos os anos morrem mais pessoas em acidentes ocorridos dentro de casa, ou de uma simples gripe, do que nas estradas. - Que Portugal apresenta uma sinistralidade anormalmente elevada quando comparada com outros países. * a verdade é que Portugal é o 13º país em termos de mortos por milhão de habitantes, portanto a meio da tabela da Europa a 27 e melhor do que seria de esperar com base no seu nível de desenvolvimento social e económico. - Que os acidentes resultam quase sempre de velocidade excessiva e que a redução geral da velocidade de circulação seria uma solução sem inconvenientes e eficaz para combater a sinistralidade. * a verdade é que, com base em estudos feitos em Espanha, a maior parte dos acidentes resulta de distracções, adormecimento e doenças súbitas ao volante. Uma redução da velocidade média de circulação de 60 para 50 km/h, em Portugal, levaria à perda pela sociedade de 14 milhões de dias/homem. - Que os excessos de velocidade, e as suas "inevitáveis" consequências, são a demonstração irrefutável da irresponsabilidade e falta de civismo da generalidade dos cidadãos automobilistas. * esta tese é tão científica como dizer que "os chineses são todos iguais" ou que "todos os espanhóis gostam de touradas" Temos que nos mobilizar para reverter esta situação. Em vez de EXAGERAR e MANIPULAR para CULPABILIZAR é preciso ESTUDAR e COMPREENDER para PREVENIR. |
A segunda reunião da comissão foi marcada para 31 de Janeiro 2008. Acabou por realizar-se no dia 7 de Fevereiro 2008.
A terceira reunião da comissão realizou-se em 27 de Março 2008 tendo sido adoptado, por consenso, um parecer entregue à CML.
A versão final do parecer da "Comissão dos Radares" foi divulgado pela CML em 30 de Maio 2008..
2 comentários:
Opinião Radares de Lisboa
Reparo com agrado que a velocidade prevista de 50 km por hora para a Radial da Buraca é afinal de 80 Km por hora. A velocidade de 50 era realmente muito ridícula e era inferior à de 70, permitida sobre o tabuleiro da Ponte 25 de Abril, ou à imediatamente a seguir, antes do Aqueduto das Água Livres, onde o limite é de 80, numa curva e contra curva. A velocidade aqui é exagerada e está bem provado pelos embates visíveis no separador central e nos protectores laterais. Apesar de tudo, julgo ainda que a Radial da Buraca não me parece mais perigosa que o IC19, pelo que não creio que fosse demais aceitar o limite de 100 km nesse local. O limite teria que ser e é reduzido para 50 no entroncamento com a 2.ª. circular.
As vias onde foram colocados os controlos de velocidade são em geral vias rápidas urbanas especiais, patético é impor-se-lhes o limite de 50 km por hora, pois estas vias têm em geral faixas de trânsito separadas, cruzamentos desnivelados e sem habitações a ladear as vias. Uma coisa é circular-se na Av. Marechal Gomes da Costa ou na extensão da Av. EUA ou na Av. Infante Dom Henrique; outra é circular-se nas vias à direita da Av. Almirante Reis (nas vias centrais não será exactamente o mesmo), na Rua da Escola Politécnica, na Travessa das Flores, na Rua da Madalena ou na Rua do Alecrim, etc.... É claro que nas últimas vias indicadas não seriam detectados tantos infractores, mas uma coisa garanto eu: os que fossem “caçados” mereciam bem mais o castigo da multa!
Ainda não passei pela Av. da República, onde deverão estar colocados alguns controlos de velocidade. Gostaria de saber se estão nas vias centrais ou nas vias paralelas laterais. Se estão nas vias laterais estão muito bem e 50 Km é uma velocidade adequada, porém já assim não penso se estão nas vias centrais. Poderá até acontecer o julgo um paradoxo: um automobilista circular nas vias centrais a 55 Km, sem casas a ladear, e ser automaticamente sancionado e outro circular nas laterais a 80 Km e ficar impune.
Além disso, os limites poderiam ser variáveis, tal como na Ponte Vasco da Gama, os “placards” instalados em Lisboa até o permitem: Já imaginaram o que é circular na Av. da República ou subir o túnel do Marquês em direcção às Amoreiras a 50 Km por hora às 2h00 da madrugada? Será o mesmo que descer pró Marquês às 10h00? Qual foi o critério para a escolha das velocidades e dos locais a controlar?
Passei com a minha mulher à dias num dos locais onde estão os radares a indicar os 50 Km por hora (no prolongamento da Av. EUA), à cautela circulei a 40 Km por hora. O limite é de 50 e não poderia ir no limite porque seria arriscado, teria que olhar pró conta quilómetros em vez de olhar prá da estrada, o que é PERIGOSO, e a tolerância é nula. O resultado foi muito interessante, pois a minha mulher avisou-me que não queria voltar a passar por aquele sítio. Acho que vou aceitar a sugestão mesmo quando for sozinho e recomendá-la aos restantes automobilistas. Aquelas vias devem ser desprezadas até que seja corrigido o insólito limite.
Zé da Burra o Alentejano
UAU!! 7000 assinaturas!
espero que não leiam as mesmas... acho que se calhar não chega às 700. A não ser que assinar João, Maria ou qualquer outro nome assim, sem mais nada agora conte.
lamento que mesmo as pessoas que concordem com a petição não se deêm ao trabalho de fazer as coisas como deve ser.
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