Expresso Online
21 de Agosto 2007
Petição online contra radares em Lisboa
O limite dos 50km por hora imposto pelos radares instalados pela Câmara Municipal de Lisboa "dá sono, propicia distracções, provoca travagens bruscas e emperra visivelmente a circulação", refere o texto de uma petição que está a circular na Internet, dirigida ao presidente da autarquia, António Costa.
O documento, que até à publicação desta notícia já contava com 5.483 assinaturas, defende que "como não é possível impor a todos os automóveis um limite de zero quilómetros à hora, por forma a evitar todos os acidentes, temos de encontrar um equilíbrio razoável entre a velocidade e os riscos". No entanto, acrescenta," esse equilíbrio não é, certamente, 50km/h".
Com este argumento, os subscritores da petição pretendem que os radares passem a limitar a velocidade "não a 50 mas a 80km/h em todos os locais que tenham pelo menos quatro faixas de rodagem e baixa frequência de atravessamentos".
Recorde-se que mais de 2.500 infracções estão a ser detectadas pelos radares diariamente em Lisboa. Ao fim de uma semana, foram registados 17.800 condutores em excesso de velocidade. Feitas as contas, o limite de velocidade já resultou em um milhão de euros de receitas, dos quais 320 mil terão como destino os confres da autarquia.
Consultado pelo Expresso durante o dia de ontem, o gabinete de imprensa da presidência da CML ainda não deu qualquer resposta.
1 comentário:
Opinião Radares de Lisboa
Reparo com agrado que a velocidade prevista de 50 km por hora para a Radial da Buraca é afinal de 80 Km por hora. A velocidade de 50 era realmente muito ridícula e era inferior à de 70, permitida sobre o tabuleiro da Ponte 25 de Abril, ou à imediatamente a seguir, antes do Aqueduto das Água Livres, onde o limite é de 80, numa curva e contra curva. A velocidade aqui é exagerada e está bem provado pelos embates visíveis no separador central e nos protectores laterais. Apesar de tudo, julgo ainda que a Radial da Buraca não me parece mais perigosa que o IC19, pelo que não creio que fosse demais aceitar o limite de 100 km nesse local. O limite teria que ser e é reduzido para 50 no entroncamento com a 2.ª. circular.
As vias onde foram colocados os controlos de velocidade são em geral vias rápidas urbanas especiais, patético é impor-se-lhes o limite de 50 km por hora, pois estas vias têm em geral faixas de trânsito separadas, cruzamentos desnivelados e sem habitações a ladear as vias. Uma coisa é circular-se na Av. Marechal Gomes da Costa ou na extensão da Av. EUA ou na Av. Infante Dom Henrique; outra é circular-se nas vias à direita da Av. Almirante Reis (nas vias centrais não será exactamente o mesmo), na Rua da Escola Politécnica, na Travessa das Flores, na Rua da Madalena ou na Rua do Alecrim, etc.... É claro que nas últimas vias indicadas não seriam detectados tantos infractores, mas uma coisa garanto eu: os que fossem “caçados” mereciam bem mais o castigo da multa!
Ainda não passei pela Av. da República, onde deverão estar colocados alguns controlos de velocidade. Gostaria de saber se estão nas vias centrais ou nas vias paralelas laterais. Se estão nas vias laterais estão muito bem e 50 Km é uma velocidade adequada, porém já assim não penso se estão nas vias centrais. Poderá até acontecer o julgo um paradoxo: um automobilista circular nas vias centrais a 55 Km, sem casas a ladear, e ser automaticamente sancionado e outro circular nas laterais a 80 Km e ficar impune.
Além disso, os limites poderiam ser variáveis, tal como na Ponte Vasco da Gama, os “placards” instalados em Lisboa até o permitem: Já imaginaram o que é circular na Av. da República ou subir o túnel do Marquês em direcção às Amoreiras a 50 Km por hora às 2h00 da madrugada? Será o mesmo que descer pró Marquês às 10h00? Qual foi o critério para a escolha das velocidades e dos locais a controlar?
Passei com a minha mulher à dias num dos locais onde estão os radares a indicar os 50 Km por hora (no prolongamento da Av. EUA), à cautela circulei a 40 Km por hora. O limite é de 50 e não poderia ir no limite porque seria arriscado, teria que olhar pró conta quilómetros em vez de olhar prá da estrada, o que é PERIGOSO, e a tolerância é nula. O resultado foi muito interessante, pois a minha mulher avisou-me que não queria voltar a passar por aquele sítio. Acho que vou aceitar a sugestão mesmo quando for sozinho e recomendá-la aos restantes automobilistas. Aquelas vias devem ser desprezadas até que seja corrigido o insólito limite.
Zé da Burra o Alentejano
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