sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Tesourinhos do Absurdo Rodoviário (2)

(clique na imagem para ampliar)


Segundo o Diário de Notícias de 26 de Agosto a PSP está a autuar automobilistas imprimindo autos de contra-ordenação que em certos casos são totalmente ilegíveis. Não admira que os visados se recusem a pagar.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

As verdadeiras causas dos acidentes (5)

SIC Online
30 de Agosto 2007



Contramão nas auto-estradas


A partir de Setembro pelo menos cinco auto-estradas geridas pela Brisa vão ter estas câmaras, equipadas para detectar de forma automática a circulação em contramão e os acidentes.

O funcionamento vai começar nos trechos da A3 em Valença, na A14 na Figueira da Foz, na A6 em Borba e na A2 em São Bartolomeu de Messines.

O sistema "Avisar" já está a ser testado, e ontem identificou mesmo um condutor que fez 12 quilómetros em sentido contrário na A10. As manobras na Ponte das Lezírias foram gravadas, e o aviso imediato do sistema permitiu à Brigada de Trânsito do Carregado interceptar o homem, de 74 anos, que acabou por ser detido sem provocar acidentes. Foi ouvido por um juíz, libertado e sujeito a termo de identidade e residência.

A curto prazo, o objectivo é estender o sistema às 550 câmaras de vigilância da rede.

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O "radares50-80" dá todo o apoio a este tipo de medidas

Contra os radares, marchar, marchar...

Acção da FHM na inauguração dos novos radares em Lisboa
Fotografia de Pedro Melim


Nem 8 nem 80. Se os radares em Lisboa obrigaram muitos aceleras a terem cuidado, para a maioria das pessoas são uma seca. Há muitas vias em que se é obrigado a ir a 50 km/h desnecessariamente. Entope o trânsito, dá sono, cria apetência para "distracções várias" e obriga a travagens bruscas. Para melhorar o estado das coisas há uma petição on-line para que a velocidade máxima passe dos actuais 50 km/h para os 80 km/h. A iniciativa defende ser preciso "encontrar um equilíbrio razoável entre a velocidade e os riscos. Esse equilíbrio não é, certamente, com 50km/h". Por isso pede-se que os radares passem a limitar a velocidade "não a 50 mas a 80km/h em todos os locais que tenham pelo menos quatro faixas de rodagem e baixa frequência de atravessamentos". Faz sentido. Agora a bola está nas mãos de António Costa. O problema é que os radares dão milhões e a Câmara precisa de dinheiro. Só num mês renderam perto de 4 milhões de euros. Espero que a edilidade tenha bom senso e não veja esta situação como a forma de resolver problemas financeiros. Muitos automobilistas estão já a comprar GPS portáteis que detectam os radares fixos e móveis. Pode ser também uma boa ideia. São legais e a polícia agradece.
Post de António Oliveira

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

As verdadeiras causas dos acidentes (4)




A principal razão que leva a focar quase todas as atenções da "prevenção rodoviária" nos limites abstractos de velocidade é ser esta a melhor forma de transferir responsabilidades das entidades oficiais para as costas dos cidadãos.
Devia haver uma passagem aérea ou subterrânea para os peões no sentido de evitar atropelamentos ? em vez de a fazer acusa-se todos os condutores de andar depressa demais e coloca-se um radar caça-multas.
Deviam haver polícia na estrada a detectar e penalizar manobras perigosas como ultrapassagens sem visibilidade ou inversão de marcha em auto-estradas ? em vez disso acusa-se todos os automobilistas de exceder os limites legais de velocidade.
Devia haver o cuidado de construir ou reparar as estradas de forma a garantir um piso e um traçado seguros ? em vez disso adia-se as obras e baixa-se de novo o limite máximo de velocidade.

Vem a propósito, e é ilustrativo, o artigo publicado no DN do dia 25 de Agosto, com o título "Segunda Circular é um perigo para condutores". Aqui fica um excerto:

Falta de visibilidade em várias curvas, piso não aderente, acumulação de água, perigo de hidroplanagem, existência de sumidouros em vez de valas para escoar a água da chuva e inexistência de faixas de aceleração. Estas são algumas das falhas graves existentes na Segunda Circular (Avenida Norton de Matos), em Lisboa. Os problemas integram um extenso relatório do Observatório de Segurança das Estradas e Cidades (OSEC) a que o DN teve acesso. O OSEC pede à autarquia o fecho imediato, por perigo elevado, do acesso pela Rua Cidade do Porto. A câmara municipal está a estudar o dossier. "Tendo-se verificado a existência de várias situações que atentam gravemente contra a segurança rodoviária na Segunda Circular, e põem em perigo a vida dos seus utentes, apresenta-se este relatório para despoletar as urgentes correcções que se impõem antes da ocorrência da próxima época das chuvas", lê-se no documento. Mais: "Verifica-se que a velocidade de tráfego praticada na estrada está acima das condições de segurança que a estrada oferece."

terça-feira, 28 de agosto de 2007

As verdadeiras causas dos acidentes (3)

Diário de Notícias
28 de Agosto 2007


Sono na origem de despiste fatal na A2

Dois imigrantes de 36 e 29 anos - um brasileiro e um senegalês -, trabalhadores da construção civil, morreram ontem num violento acidente na auto-estrada do Sul (A2), em plena ponte de Alcácer do Sal. Seguiam de Lisboa para Beja quando, às 07.20, a carrinha onde viajavam com mais sete pessoas se despistou ao quilómetro 88. Do acidente resultaram ainda três feridos graves - dois dos quais estão fora de perigo. A sonolência do condutor pode ter estado na origem do despiste.

Embora a Brigada de Trânsito desconheça as causas do despiste, que estão a ser averiguadas pela Equipa Especial de Investigação da GNR, não é de excluir que a sonolência possa ter estado na origem do acidente. A carrinha, uma Volkswagen Transporter, embateu numa placa de betão do separador central e saltou para o outro lado da via (sentido sul--norte). Não apresentou perigo para os outros condutores, já que ficou imobilizada na zona de protecção, depois de ter partido vários pinos.
....

Tesourinhos do Absurdo Rodoviário (1)

clique nas fotos para ampliar



Um amigo fez-me chegar estas fotografias com o seguinte texto:

Trata-se de uma zona na Alameda dos Oceanos (zona da Expo) junto à antiga chaminé da Sacor com uma sinalização de trânsito que considero como que emblemática. Ainda hoje desconheço em todos os locais por onde passei (e já foram muitos) alguma limitação de velocidade, nas condições locais existentes, de tão aberrante.
Em cerca de 200 metros, numa Avenida com 2 faixas de rodagem para cada lado, separadores centrais (canteiros floridos bem altos ou com pinos metálicos junto ao cruzamento), com semáforos, passagens para peões bem assinaladas e até uma passagem aérea, pois nessa área, alguém sobredotado, por certo num momento de rara felicidade e brilhantismo intelectual, manda colocar sinais de limitação de velocidade de 20 (VINTE) Km./hora.
Creio que é único. Não merece uma petição, pois não sei se tal se insere nalguma ideia não explicada de cortejo fúnebre, momento de recolhimento espiritual pelo desaparecimento de fumos da chaminé ora transformada em memorial da indústria pesada do século 20.
Não resisti a documentar fotograficamente aquilo que porventura tu também já notaste.
Interrogo-me sobre se existe alguém que cumpra tal restrição. Obriga a circular em 1ª velocidade, talvez em 2ª mas ... muito devagarinho....
Tal como com a "Marinada" dos radares (uma outra "estória") que te levou à Petição, esta serve para que alarguemos o anedotário nacional.


Mais palavras para quê ?...

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

8.000 assinaturas



8.000 assinaturas às 11:00 do dia 27 de Agosto de 2007.




Cidade e demagogias

Expresso
25 de Agosto 2007


Cidade e demagogias

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Os célebres radares da Dª Marina Ferreira, a ex-vereadora da mobilidade na anterior vereação, aí estão a espantar toda a gente. A mim não, que há meses que avisei que se preparava um assalto aos bolsos dos lisboetas, disfarçado com o politicamente correcto da prevenção rodoviária. Julgo que, por ano, morrerão umas doze pessoas em acidentes rodoviários em Lisboa: metade por atropelamento e o restante por acidentes com motociclos, ou causados por bêbados ou loucos em corridas ou incapazes ao volante, que sempre os haverá, com ou sem radares. Duvido de que os radares da Dª Marina Ferreira (que chegou a invocar “motivações pessoais” para a sua instalação) consigam evitar uma só morte que seja. Mas, em contrapartida, sacam duas mil multas por dia, entopem o trânsito e prometem entupir os tribunais, exasperam os condutores de bem e não é de excluir que venham eles próprios a ser causadores de acidentes, por distracções causadas ao volante naqueles que têm de circular a velocidade de carroça em vias rápidas. Nenhum motivo de segurança justifica os radares: trata-se de puro arbítrio da autoridade, um descarado assalto aos bolsos particulares em benefício dos cofres do Município e a criação de mais uns tantos empregos municipais, para a função de vigilantes de radares. É o perfeito exemplo dos malefícios da demagogia ao serviço da política.
...

domingo, 26 de agosto de 2007

Vereador corrobora, involuntariamente, a publicidade da Citroen


Segundo o Público, do dia 25 de Agosto, os vereadores da oposição na Câmara Municipal de Lisboa criticaram ontem a falta de alternativas ao sistema que controla há mais de 20 anos os semáforos, cujo contrato foi renovado por mais um ano pela maioria PS-BE, que admite renegociar.

O vereador independente eleito pelo movimento Cidadãos por Lisboa, Manuel João Ramos, no seu estilo habitual, disse entre outras coisas a seguinte pérola:
"não existe um plano de mobilidade" para a cidade e o trânsito é controlado por um sistema "que privilegia os automóveis" ... é necessário "mudar o paradigma e começar a pensar nas pessoas primeiro".

Parecendo acreditar na veracidade do anúncio da Citroen em que os carros-robot tomam o freio nos dentes Manuel João Ramos, o autor do já célebre slogan publicitário da "guerra civil nas estradas" ignora, como se não existissem, os automobilistas e todos os ocupantes das viaturas.

Para ele existem por um lado as pessoas, que são os peões, e por outro os transformers que são culpados por entrar num automóvel ou num autocarro.

Simplesmente inadmissível...

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Passou um mês


Passou um mês desde que lancei a Petição Online pela conversão do limite de velocidade, nos radares de Lisboa, dos 50km/h para 80km/h.

A Petição aproxima-se paulatinamente das 8.000 assinaturas e estamos em pleno Agosto. Só um “cego” não vê o significado que isso tem.

A Petição tem incomodado algumas pessoas. São os fundamentalistas do trânsito e pertencem a diferentes categorias:

- Os que foram afectadas por algum acidente e que, compreensivelmente, ficaram traumatizados. É pena que uma parte dessas pessoas pareça ter dirigido as suas energias não para resolver os problemas mas para castigar a sociedade.

- Os que sonham com um mundo idílico onde só haveria peões e, talvez, bicicletas. Como se trata de uma utopia, que as pessoas crescidas não adoptam, tentam chegar ao mesmo resultado criando toda a espécie de empecilhos aos odiados automobilistas.

- Os que têm da vida em sociedade uma visão burocrática e legalista. Essas pessoas têm dificuldade em perceber que há uma diferença entre a velocidade máxima legalmente permitida e a velocidade máxima para circular em segurança nas situações concretas do dia-a-dia. Que só esporádicamente a velocidade máxima estabelecida por lei pode ser usada, com razoabilidade, na vida prática.

Estas atitudes em várias combinações, a partir de posições fortes na comunicação social e usando despudoradamente os “mortos e feridos”, conseguiram tornar-se a doutrina oficial. Tal só foi possível porque os responsáveis políticos tiveram medo de não parecer “politicamente correctos”.

Em vez de se isolar e punir os causadores de acidentes e os que insistem em comportamentos de alto risco, que são perseguidos com muito pouca convicção, as atenções são todas viradas para a generalidade dos cidadãos inocentes.
Como o objectivo é castigar a sociedade é preciso transformar cada cidadão num assassino disfarçado. A maneira mais fácil de o conseguir é estabelecer padrões de comportamento, por exemplo com os limites de velocidade, quase impossíveis de cumprir.

Mas os milhões de cidadãos que todos os dias desrespeitam os limites legais de velocidade não são, na sua esmagadora maioria, nem “street racers” nem irresponsáveis. São pessoas normais que trabalham; que precisam de chegar ao emprego a horas; que têm em casa, à espera, os velhos ou as crianças; que tentam chegar ao infantário antes que feche; que trabalharam demasiadas horas e já estiveram em demasiados engarrafamentos. Estes é que são os criminosos que se devem perseguir ?

Bem esclarecedor desta lamentável situação é o famoso slogan “guerra civil nas estradas” que procura dramatizar o fenómeno dos acidentes em vez de o esclarecer. Invocam irresponsavelmente as guerras civis mas omitem que os 850 mortos que ocorrem durante um ano nas estradas portugueses são um número atingido em questão de dias, por exemplo nos atentados do Iraque ou mesmo nos homicídios da Venezuela. Se isto não é manipulação...

A tal “guerra civil nas estradas” muitas vezes caracterizada como “de todos contra todos” induz a ideia de intencionalidade. Como se para além de descuidados, impreparados e imprudentes os automobilistas, todos presume-se, tivessem igualmente a intenção de ferir e de matar os seus concidadãos.
Simplesmente vergonhoso.

É absolutamente necessário fazer uma rotação dramática na forma como a prevenção dos acidentes é tratada no nosso país. Para isso há que:

- Abandonar o catastrofismo e as abordagens emocionais e tratar do problema de acordo com a sua verdadeira dimensão.
As fortunas que se têm gasto numa prevenção rodoviária mal perspectivada teriam, provavelmente, salvo muito mais vidas em campanhas de prevenção do cancro ou das doenças vasculares/cerebrais, que matam mais de 40.000 pessoas todos os anos.

- Adoptar uma política de pontuação individual dos condutores, que parece estar a resultar em Espanha, baseada na penalização das manobras perigosas e do consumo de álcool e drogas em vez de privilegiar o incumprimento dos limites abstractos de velocidade.

- Ouvir o que pensa a generalidade dos cidadãos em vez de os tratar como delinquentes.
Se os cidadãos são suficientemente responsáveis para eleger o Presidente e a Assembleia da República também são responsáveis nas questões do trânsito. Se assim não fosse teríamos que concluir que as leis do trânsito não são legitimas pois foram feitas pelos eleitos do povo.

Para finalizar: conduzo há 43 anos, já fiz cerca de um milhão de quilómetros na Europa, na África e na América, nunca fui multado por excesso de velocidade e nunca tive qualquer acidente.

As verdadeiras causas dos acidentes (2)

Diário de Notícias
24 de Agosto de 2007



Conduzia com 3,89 g de álcool


AMADEU ARAÚJO, Viseu

Um indivíduo de 34 anos foi detido, na segunda-feira, em Sernancelhe, por conduzir com uma taxa de alcoolemia de 3,89 gramas. Foi presente a tribunal e vai aguardar julgamento em liberdade, apesar de esta ter sido a quinta vez que foi detectado a conduzir com excesso de álcool.

De acordo com fonte da GNR "ainda não eram 10.00 quando o detectámos e já apresentava esta taxa. Foi constituído arguido e agora aguarda julgamento em liberdade porque o processo passou a inquérito e tem que esperar pelo fim das férias judiciais". O indivíduo vive em Sernancelhe, localidade onde "é bem conhecido", afirma Manuel João, taxista na praça local. "Ainda não são 08.00 e já está no café a beber aguardentes. Já tem mais álcool que sangue", conclui o taxista.

"Quando vai ao tribunal fica sempre em liberdade e os processos a decorrer. Depois volta a prevaricar. Até ao dia em que cause uma desgraça", desabafa fonte da GNR.

Infracção muito grave

A condução sob influência do álcool é considerada uma infracção muito grave quando a taxa de álcool é superior a 0,8 gramas por litro de sangue e acima do 1,2 g litro já é considerada crime. O tribunal pode ordenar a cassação da carta ou licença de condução em face da gravidade da contra-ordenação praticada e da personalidade do condutor.

É ao Ministério Público que compete indicar os pressupostos da cassação que pode determinar abertura de inquérito, seguindo-se os termos do processo comum.

Também o presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) pode ordenar a cassação da carta quando existir, no registo do condutor, o assento de três contra-ordenações muito graves e duas graves, ou seis graves. Que é o caso deste indivíduo.

Radares dissuadem “aceleras”

Renascença
16 de Agosto 2007


Radares dissuadem “aceleras”


Um mês após a entrada em funcionamento dos radares que controlam a velocidade em Lisboa, o número de infracções diárias tem vindo a decrescer. Autoridades consideram aumentar o limite em algumas áreas.
A Câmara de Lisboa já solicitou à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária o aumento, de 50 para 80 km/h, do limite máximo de velocidade no prolongamento da Avenida Estados Unidos da América.A novidade surge no dia em que passa um mês sobre a entrada em funcionamento dos radares de controlo da velocidade.
Até ao momento, o número de infractores já ultrapassa os 64 mil, mas segundo Mário Neves, um dos responsáveis da Polícia Municipal pelo processamento dos dados recolhidos pelos radares, os lisboetas já começaram a tirar o pé do acelerador.O tempo é ainda de experiências, tanto para os condutores como para a própria polícia, que, como explica André Gomes, chefe da Polícia Municipal, está ainda a avaliar se será necessário reforçar a equipa de agentes que supervisiona o sistema. Para já, os 20 agentes actualmente envolvidos neste trabalho dão conta do recado. Às caixas de correio dos “aceleras” já começaram a chegar os autos. As multas variam entre os 60 e os 2500 euros.
Oiça AQUI

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

7.000 Assinaturas


Às 18:30 do dia 22 a nossa Petição alcançou as 7.000 assinaturas.

STOP MULTAS


Quando a Petição Online que lançámos se aproxima das 7.000 assinaturas, em menos de um mês, pensamos que está plenamente demonstrada a rejeição dos cidadãos relativamente aos radares de Lisboa, nos locais e com os limites de velocidade actuais.

Torna-se por isso necessário parar a avalanche de multas que está a cair sobre a população da Grande Lisboa, alvo desta gritante discriminação.

Os radares devem ser imediatamente desactivados, pelo menos nas suas consequências penalizadoras dos cidadãos, até que se completem os estudos e a inevitável reavaliação.

Helena Roseta concorda com petição

TSF Online
21 de Agosto 2007


Helena Roseta concorda com petição

Helena Roseta concorda com a petição que está a correr na Internet contra os novos radares colocados em Lisboa. Um abaixo-assinado para aumentar a velocidade mínima dos 50 quilómetros/hora para os 80.

A vereadora independente da Câmara Municipal de Lisboa diz que esta petição faz sentido, porque muitos radares estão colocados em vias rápidas e são um verdadeiro acto de «caça à multa».«O problema não é tanto passar as velocidades de 50 para 80, mas adequar os limites de velocidade às vias, por exemplo o prolongamento da Avenida Estados Unidos da América, não tem habitações de um lado e outro, porquê que se tem que circular a 50?», interrogou.Helena Roseta considera por isso que a imposição deste limite de velocidade em casos específicos se limita a «uma caça à multa» e se torna «anti-pedagógico». Partilhando esta opinião já assinaram a petição on-line quase seis mil pessoas que pedem um aumento dos limites de velocidade em certas zonas de Lisboa. Oiça AQUI

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Petição online contra radares em Lisboa

Expresso Online
21 de Agosto 2007



Petição online contra radares em Lisboa

O limite dos 50km por hora imposto pelos radares instalados pela Câmara Municipal de Lisboa "dá sono, propicia distracções, provoca travagens bruscas e emperra visivelmente a circulação", refere o texto de uma petição que está a circular na Internet, dirigida ao presidente da autarquia, António Costa.
O documento, que até à publicação desta notícia já contava com 5.483 assinaturas, defende que "como não é possível impor a todos os automóveis um limite de zero quilómetros à hora, por forma a evitar todos os acidentes, temos de encontrar um equilíbrio razoável entre a velocidade e os riscos". No entanto, acrescenta," esse equilíbrio não é, certamente, 50km/h".
Com este argumento, os subscritores da petição pretendem que os radares passem a limitar a velocidade "não a 50 mas a 80km/h em todos os locais que tenham pelo menos quatro faixas de rodagem e baixa frequência de atravessamentos".
Recorde-se que mais de 2.500 infracções estão a ser detectadas pelos radares diariamente em Lisboa. Ao fim de uma semana, foram registados 17.800 condutores em excesso de velocidade. Feitas as contas, o limite de velocidade já resultou em um milhão de euros de receitas, dos quais 320 mil terão como destino os confres da autarquia.
Consultado pelo Expresso durante o dia de ontem, o gabinete de imprensa da presidência da CML ainda não deu qualquer resposta.

6.000 assinaturas


Durante a tarde de hoje a nossa Petição alcançou as 6.000 assinaturas.

Não se pode exterminá-los ?

Diário de Notícias
21 de Agosto de 2007


RADARES DE LISBOA: E NÃO SE PODE EXTERMINÁ-LOS?
João Miguel Tavares

Quando uma regra é diariamente desrespeitada por milhares de pessoas, o mais provável não é que as pessoas sejam selvagens, mas que a regra seja estúpida. No espaço de um mês, os novos radares de Lisboa debitaram mais de 64 mil infracções, uma média superior a duas mil por dia. A culpa, evidentemente, não é dos automobilistas - é de um sistema torpe e ladrão, que apenas serve para promover travagens perigosas e encher os cofres da câmara. Se a média de infracções se mantiver, os radares vão oferecer a António Costa mais de 13 milhões de euros por ano, 1,5% de todo o orçamento de 2006. Eis uma trafulhice extremamente rentável, feita em nome da suposta segurança dos cidadãos.O excesso de velocidade é a desculpa mais gasta nesta terra. Ninguém com cabeça discute a necessidade de impor limites, mas é indispensável que tenham tino - e os novos radares manifestamente não têm. Se é para obrigar a andar a 50 em autênticas auto-estradas mais valia não ter inventado o automóvel. Em defesa da coisa, ouvi na televisão o comandante da Polícia Municipal de Lisboa, com um bigode muito legalista, dizer que se o código da estrada diz que a velocidade máxima dentro de uma localidade é de 50 km/h, então é a 50 km/h que se tem de andar. Uma daquelas respostas típicas de função pública bolorenta, que me obriga sempre a correr na direcção do armário dos medicamentos, à procura do Xanax. Com a sua fulminante inteligência, o senhor comandante acha obviamente naturalíssimo circular à mesma velocidade numa via de quatro faixas sem cruzamentos nem passagens de peões e numa estradeca do Alentejo onde o alcatrão acaba na soleira das portas. Dura lex sed lex.Felizmente, já por aí anda a correr uma petição justa e que resume o essencial (www.petitiononline.com/dotecome/petition.html). Conta com cinco mil assinaturas, mas ainda é bastante menos eficiente do que os radares. Assinem-na, por favor, a não ser que estejam interessados em evitar o atropelamento dos escaravelhos mais distraídos, que insistirem em empurrar bolinhas pelo meio de Lisboa. Obrigarem-nos a cumprir aquelas velocidades é pura e simplesmente um atentado às nossas liberdades e uma atitude discricionária vigiada pela polícia. É ladroagem inventada pela câmara e patrocinada pelo Estado, que nos obriga a travar só porque o nosso pé direito é banana e quer evitar chatices. Na verdade, o que devíamos todos fazer era acelerar furiosamente à passagem dos radares e, num acto de ilegalidade filantrópica, enfiar aquele maldito caixote, mais as suas luzinhas, na cabeça de quem o inventou. Em resumo: vão roubar para outras estradas.

João Miguel Tavares

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

As verdadeiras causas dos acidentes (1)

Diário Digital
19 de Agosto 2007


Maioria das vítimas mortais não cumpriu regras
Um terço dos passageiros vítimas mortais de acidentes de viação, em 2006, não usava cinto de segurança. Uma em cada três vítimas autopsiadas pelo Instituto Nacional de Medicina Legal apresentava taxas de alcoolemia acima do valor máximo permitido por lei, sinais de que alguns comportamentos de risco continuam a deixar marcas.
De acordo com o Jornal de Notícias deste domingo, as estatísticas revelam que as diversas campanhas sobre as atitudes a ter em estrada não têm surtido efeito, uma vez que, até ontem e desde o início, já tinham morrido 51 pessoas em acidentes rodoviários, mais quatro que nos mesmos dias de Agosto em 2006.
A Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) e a Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M) alertam que «o pior» pode estar ainda para vir. «Os frutos da educação rodoviária colhem-se sempre a médio prazo, nunca logo no ano a seguir ao que se investe, e há dois anos que o país está parado em matéria de educação», alerta José Manuel Trigoso, secretário-geral da PRP.
O corte de financiamento decidido em 2005 pelo Ministério da Administração Interna (MAI) afectou a produção de material didáctico e o acompanhamento de projectos escolares e, «até agora, não se viu uma alternativa», critica o responsável.
Depois de um primeiro estudo de avaliação e enquadramento feito por uma equipa de investigadores do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresa (ISCTE), a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária está a finalizar a proposta da nova Estratégia 2015, que «irá colocar à consideração da tutela na segunda quinzena» deste mês. Seguir-se-á uma apresentação e consulta ao Conselho de Trânsito, prevendo-se que o documento entre em discussão pública durante o terceiro trimestre do ano.

domingo, 19 de agosto de 2007

Tolerância Zero às multas rodoviárias

LusoMotores.com
19 de Agosto 2007

Tolerância Zero às multas rodoviárias


Após as críticas pela alegada aferição "por baixo" dos radares da CML, a DGV emitiu uma ordem interna para as forças de autoridade (PSP e GNR), a determinar a ausência de tolerância às multas
Segundo um documento a que o LusoMotores teve acesso, distribuído na passada semana junto da Divisão de Trânsito de Lisboa, a DGV deixou claro que deixam de ser tidos em conta, a partir deste mês, os normais valores de tolerância aos limites de velocidade e de níveis de álcool no sangue deixam de ser considerados, uma situação perfeitamente legal, desde que os aparelhos que forem usados pelas forças de segurança forem devidamente aferidos de acordo com as normas legais.

Desde que em Lisboa os radares colocados pela autarquia, para a fiscalização por parte da Polícia Municipal do trânsito na capital, detectaram centenas de condutores em excesso de velocidade, que começaram a surgir as críticas referindo que aqueles aparelhos estavam aferidos por baixo, sem permitirem quaisquer níveis de tolerância. A resposta da DGV, ao invés de alterar a aferição daqueles aparelhos, cuja primeira responsabilidade é da autarquia, e depois da DGV, a quem a CML, e a Polícia Municipal, reporta os resultados recolhidos pelos radares, preferiu assim determinar níveis de tolerância zero aos limites de velocidade e dos níveis de álcool no sangue.

A primeira unidade de controlo do trânsito rodoviário a receber esta determinação foi a Divisão de Trânsito da Polícia de Segurança Pública, tendo sido dadas ordens aos elementos daquela Divisão, em Santa Marta, que deixem de permitir qualquer tolerância. Um elemento daquela força de segurança com quem o LusoMotores dialogou explicou-nos que este tipo de medidas não estão a ser muito bem aceites pelos elementos das forças de segurança já que a tolerância zero poderá levar a um aumento das contestações das multas, com os condutores a alegarem eventuais erros de aferição dos aparelhos, que terão que ser verificados em processos que irão envolver os agentes que passarem as multas e que se poderão prolongar no tempo em face da morosidade das decisões judiciais e eventuais recursos das decisões de primeira instância.

Já depois das autoridades da capital terem recebido estas ordens da DGV, também a Brigada de Trânsito da GNR recebeu igual directiva por parte da DGV.

sábado, 18 de agosto de 2007

5.000 Assinaturas



Pelas 23 horas de hoje, dia 18 de Agosto, a Petição atingiu as 5.000 assinaturas.

Radares não são opção para distrito de Santarém

O Mirante Online
16 de Agosto 2007



Radares não são opção para distrito de Santarém


O governador civil de Santarém, Paulo Fonseca, acredita que a correcção do traçado de alguns troços de estradas, a reformulação e reforço da sinalização e a insistência em campanhas de sensibilização junto dos condutores serão medidas mais eficazes no combate à sinistralidade rodoviária do que a instalação de radares de controlo de velocidade, como os que existem em Lisboa.
Num comunicado enviado às redacções o Governador Civil diz estar preocupado com a elevada sinistralidade rodoviária no distrito e considera “indispensável a tomada de medidas sérias, urgentes e activas”. No texto é referida uma campanha de prevenção cujos pormenores serão anunciados em breve mas que teve o seu início dia 5 de Agosto, coincidindo com a realização de uma operação de fiscalização da GNR ao trânsito e a estabelecimentos de diversão nocturna.
Na operação que decorreu entre as 0h00 e as 6h00 foram fiscalizados 130 veículos, tendo dois condutores sido detidos por terem uma taxa de alcoolemia superior a 1,2 gramas de álcool por litro de sangue. Registaram-se ainda duas autuações por álcool a mais e foram levantados 11 autos de contra-ordenação por infracções ao Código da Estrada.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

A nossa Petição no Telejornal da RTP1

RTP
16 de Agosto 2007




Para ver o Telejornal da RTP1, de 16 de Agosto, que refere as multas e a Petição Online, clique AQUI

A referência específica à Petição começa por volta do minuto 5:15

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Radares já apanharam 63 mil infractores

PÚBLICO
16 de Agosto 2007




Radares já apanharam 63 mil infractores

16.08.2007


Os 21 radares instalados em Lisboa, em funcionamento há um mês, são criticados
por especialistas e corre uma petição que reclama aumento do limite de velocidade


Os 21 radares de controlo de velocidade instalados em Lisboa, que completam hoje um mês de funcionamento, registaram mais de 63 mil infracções e foram alvo de críticas de vários especialistas. A petição dirigida ao presidente da autarquia que solicita o aumento do limite de velocidade em algumas das artérias onde estes equipamentos estão instalados já recolheu mais de 4300 assinaturas.
O sistema de controlo de velocidade entrou em funcionamento a 16 de Julho, tendo sido inaugurado pela então presidente da comissão administrativa da Câmara de Lisboa, Marina Ferreira, depois de uma espera de vários meses por um parecer positivo da Comissão Nacional de Protecção de Dados. Até à meia-noite de segunda-feira, registaram-se 63.262 infracções, mas este número poderá disparar nos próximos dias, uma vez que o sistema de comunicação de alguns radares encontra-se em reparações.
"Alguns radares estão com um problema na fibra óptica, em vias de resolução, o que está a evitar a transmissão das infracções registadas nesses locais, mas os radares não param de fotografar. Quando o problema for resolvido, iremos receber as infracções em atraso e aí o número irá aumentar", explicou Lopes Rodrigues, comissário da Polícia Municipal de Lisboa.
Segundo Lopes Rodrigues, o número total de infracções dos "aceleras" fotografados em excesso de velocidade pelos 21 radares na primeira semana foi de 21.695, ao contrário das 17.788 divulgadas na altura. "Os radares estão sempre a fotografar, mas só enviam as fotografias para o sistema quando atingem um determinado número de infracções, daí os números serem um pouco diferentes", justificou o comissário.
Segundo os dados da Polícia Municipal de Lisboa, na semana de 16 a 22 de Julho foram registadas 21.695 infracções, 16.823 infracções na semana de 23 a 29 de Julho e na semana de 30 de Julho a 5 de Agosto mais 12.162. O recorde de velocidade registou-se na Radial de Benfica com uma velocidade de 190 quilómetros/hora, mais 110 do que o limite permitido.
Os locais e limites dos 21 radares têm sido alvos de várias críticas, por exemplo do presidente do Automóvel Clube de Portugal, Carlos Barbosa, que qualificou a sua colocação como "arbitrária" e "sem critério". O especialista em transportes do Instituto Superior Técnico Fernando Nunes da Silva partilha a mesma opinião, declarando que os equipamentos foram instalados com base em "critérios desajustados da realidade".
As críticas surgem ainda na Internet, onde uma petição que pretende que o presidente da Câmara de Lisboa aumente os limites de velocidade para 80 km/h em artérias como a Avenida Infante D. Henrique, a Avenida de Ceuta, a Avenida Marechal Gomes da Costa e a Avenida Gago Coutinho, recolheu até ontem à tarde 4321 assinaturas. No documento, que António Costa já disse que irá avaliar, os subscritores consideram a imposição de não exceder os 50 km/h nestes locais "uma verdadeira aberração", que "dá sono, propicia distracções, provoca travagens bruscas e emperra visivelmente a circulação".
O sistema de controlo de velocidade está instalado nas avenidas das Descobertas, da Índia, Cidade do Porto, Brasília, de Ceuta, Infante D. Henrique, prolongamento da Estados Unidos da América, Marechal Gomes da Costa e Gago Coutinho e nos túneis do Campo Grande, do Marquês de Pombal e da Avenida João XXI - onde o limite de velocidade é de 50 km/h - e ainda na Radial de Benfica e na Segunda Circular, onde a velocidade máxima permitida é de 80 km/h. PÚBLICO/Lusa
63.262
Foi o número de infracções registado no primeiro mês de funcionamento dos radares

21.695
Foi o número de infracções registado na primeira semana de funcionamento dos radares

190
Foi a velocidade máxima, em km/h, atingida por um dos infractores na Radial de Benfica

4321
Pessoas subscreveram até ontem a petição que solicita o aumento de velocidade em algumas vias de Lisboa

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Radares com problemas

Diário Digital / Lusa
15 de Agosto 2006



Radares: 63.262 infracções no primeiro mês de funcionamento0s 21 radares de controlo de velocidade instalados em algumas vias de Lisboa registaram mais de 63 mil infracções e «coleccionam» criticas de especialistas, a dois dias de completarem um mês de funcionamento.
O sistema de controlo de velocidade entrou em funcionamento às 09:15 de 16 de Julho, inaugurado pela então presidente da Comissão Administrativa da Câmara de Lisboa, sendo que as 63.262 infracções ocorreram até às 24:00 de 13 de Agosto, dois dias antes de perfazer um mês de entrada em funcionamento.
Este número poderá no entanto disparar nos próximos dias, uma vez que o sistema de comunicação (por fibra óptica) de alguns radares está com problemas e encontra-se em reparações.
«Alguns radares encontram-se com um problema na fibra óptica, em vias de resolução, que está a evitar a transmissão das infracções registadas nesses locais mas os radares não param de fotografar. Quando o problema for resolvido, iremos receber as infracções em atraso e aí o número irá aumentar», explicou à agência Lusa Lopes Rodrigues, comissário da Polícia Municipal de Lisboa.
Segundo Lopes Rodrigues, o número total de infracções dos «aceleras» fotografados em excesso de velocidade pelos 21 radares na primeira semana foi de 21.695, ao contrário das 17.788 divulgadas na altura.
«Os radares estão sempre a fotografar mas só enviam as fotografias para o sistema quando atingem um determinado número de infracções, daí os números serem um pouco diferentes dos divulgados anteriormente», esclareceu à Lusa.
Segundo os dados fornecidos à Lusa por Lopes Rodrigues, na semana de 16 a 22 de Julho foram registadas 21.695 infracções, 16.823 infracções na semana de 23 a 29 de Julho e na semana de 30 de Julho a 5 de Agosto, mais 12.162, sendo que o recorde de velocidade foi «batido» na Radial de Benfica com uma velocidade de 190 quilómetros/hora, mais 110 que o limite permitido (80 quilómetros/hora).
Desde a sua colocação que os locais e limites dos 21 radares de controlo de velocidade têm sido alvos de várias críticas como de Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Clube de Portugal, que qualificou a sua colocação como «arbitrária» e «sem critério». O especialista em transportes do Instituto Superior Técnico, Fernando Nunes da Silva, partilha a mesma opinião, declarando foram colocados com base em «critérios desajustados da realidade».
As críticas surgem ainda da Internet, onde uma petição on-line que pretende que o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, substitua os limites de velocidade de 50 por 80 quilómetros/hora, conta até ao momento com 4.246 assinaturas.
O sistema de controlo de velocidade está instalado nas Avenidas das Descobertas, da Índia, Cidade do Porto, Brasília, de Ceuta, Infante D. Henrique, Estados Unidos da América, Marechal Gomes da Costa e Gago Coutinho e nos Túneis do Campo Grande, do Marquês de Pombal e da Avenida João XXI - onde o limite de velocidade é de 50 quilómetros/hora - e ainda na Radial de Benfica e na Segunda Circular, onde a velocidade máxima permitida é de 80 km/h.
Os condutores que forem detectados a ultrapassar os limites de velocidade nestas vias incorrem em multas entre os 60 e 2.500 euros, previstas no Código da Estrada.
Assim, os veículos ligeiros ou motociclos que excedam em 20 km/h os limites nestas vias, dentro das localidades, poderão ter de pagar coimas entre os 60 e os 300 euros; entre os 120 e os 600 euros se ultrapassarem o limite imposto em 20 a 40 km/h; de 800 a 1.500 euros se o excesso for de 40 a 60 km/h e de 500 a 2.500 euros se circularem a mais de 60 km/h que a velocidade máxima.
Para os restantes veículos, o excesso de velocidade é reduzido: coimas entre os 60 e os 300 euros para uma velocidade de 10 km/h superior à permitida; de 120 a 600 euros para um excesso entre os 10 e os 20 km/h; entre os 300 e os 1.500 euros para uma velocidade de 20 a 40 km/h superior à permitida e dos 500 aos 2.500 euros se a velocidade exceder a máxima em 40 km/h.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Pedida reunião à CML


Foi pedida a marcação de uma reunião com o vereador da CML responsável pelo pelouro do trânsito.

O objectivo é apresentar a nossa petição e ouvir, das entidades competentes, como se pensa responder à preocupação expressa por mais de 4200 pessoas até este momento.

Aguardamos o agendamento.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

4.000 subscritores




Ao meio-dia de hoje, 13 de Agosto, a petição lançada a 24 de Julho alcançou as 4.000 assinaturas.

domingo, 12 de agosto de 2007

PS Lumiar - António Costa admite ajustamentos na velocidade


O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, diz que vai avaliar a petição que defende o aumento do limite de velocidade para 80 quilómetros, controlado por radares, nas vias com traçado de via rápida.

António Costa sublinha que a segurança é a palavra de ordem, mas não exclui alguns acertos.

Questionado sobre uma petição que já soma mais de três mil assinaturas na Internet e onde se pede a subida do limite de 50 para 80 quilómetros nas vias com traçado de via rápida, Costa diz que só depois de receber o pedido avaliará o caso.

«A questão da segurança é essencial, a cidade não é uma pista de corridas nem uma auto-estrada, é para ser utilizada com segurança e normas», defendeu.

«Analisarei a petição quando ela nos chegar, mas a linha fundamental de reforço da segurança é para ser prosseguida, pode haver aqui ou ali algum ajustamento, caso se justifique, apreciaremos, mas neste momento não estamos a encarar isso», acrescentou.
12 de Agosto 2007

Os radares no Telejornal da RTP

RTP
9 de Agosto 2007



Para ver a reportagem do Telejornal do dia 9 de Agosto sobre os radares clique AQUI.
A reportagem começa ao minuto 5:40. Pode fazer avançar o vídeo até esse ponto movendo o cursor por baixo da imagem.

Uma experiência relatada no PUXAPALAVRA

PUXAPALAVRA.blogspot.com
11 Agosto 2007






Senhor Presidente da Câmara de Lisboa

por João Abel de Freitas



Tem oportunidade de transformar Lisboa num ambiente de cidadania em termos de condução automóvel. Não tem custos. Invista em inteligência, sem medo. Crie um ambiente livre, consciente e responsável. O que a anterior administração deste concelho criou foi um regime de repressão e toda a gente anda a fugir à multa.
Há um código que estabelece princípios. E não precisa de mais a não ser de medidas preventivas e repressivas pontuais que façam cumprir esse código. Aqui se fundamenta a segurança que diz defender e acho bem.
Os radares trouxeram um regime de repressão permanente, irracional e contra a inteligência. Uma campanha de boa condução, respeitadora do ambiente e das pessoas, não é mesmo isso. Rompa com o que foi feito até porque só vai trazer para a cidade, em situação normal, engarrafamentos maiores dos que já existiam
Pequenos exemplos. Ontem, fui jantar à Expo. Na Infante Dom Henriques, penso que é assim que se denomina a Avenida que vai de Santa Apolónia até à saída para a EXPO, há pelo menos um radar que multa quem ultrapasse os 50 KM. Não faz sentido. Trata-se de uma Av. com três faixas de rodagem em ambos os sentidos sem atravessamentos. É uma via de entrada e saída da cidade, o que significa ter um trânsito fluido. Multar a 50 Km é uma aberração com efeitos contraproducentes na circulação.
O que observei ontem e também tive de fazer: ss pessoas vão normalmente a 70/80Km e os que sabem abrandam uns tantos KMs antes do radar para não serem multados.
Com pouco trânsito, como era o caso de ontem, o que acontece, é com a travagem antecipada os carros confluem e a segurança, o que se quer defender, corre riscos. Neste caso, trata-se de uma regra estúpida e pouco inteligente. Como esta situação deve haver (há) milhentas em Lisboa.
O que se pede Senhor Presidente, Dr. António Costa, é sensatez no sentido de bem resolver este imbróglio que a vereação anterior lhe deixou. Seja inteligente a resolvê-lo. Rodeie-se de gente capaz, não fundamentalista.

sábado, 11 de agosto de 2007

Câmara reexamina radares

Expresso
11 de Agosto 2007

Câmara reexamina radares

Vereador do Trânsito prepara-se para analisar a documentação técnica que serviu de suporte aos controlos de velocidade

A CML vai reexaminar o processo de instalação de 21 radares na cidade de Lisboa. A decisão foi tomada pela vereação liderada por António Costa e o responsável pelo pelouro do Trânsito, Marcos Perestrello, pediu já toda a documentação técnica que serviu de suporte à instalação dos radares. O vereador adiantou que o assunto vai ser estudado, mas não deu quaisquer garantias de alteração dos critérios adoptados pela anterior maioria da Câmara.
Recorde-se que a medida adoptada ainda na gestão de Carmona Rodrigues pela vereadora da Mobilidade, Marina Ferreira, esteve em fase experimental até ao dia 16 de Julho. A partir dessa data, e já com o parecer favorável da Comissão Nacional de Dados, o sistema começou a funcionar em pleno. Ao movimento crítico inicial, no qual se destacou a hierarquia da PSP desagradada por não ter sido consultada sobre a localização dos equipamentos, juntaram-se agora outras entidades como o Automóvel Club de Portugal (ACP) que contesta os sítios escolhidos para os radares e pretende entregar a Marcos Perestrello um dossiê fundamentado sobre as incorrecções detectadas em todo o processo.
Uma das principais fontes de controvérsia prende-se com o facto de os radares estarem a ser usados preferencialmente como dissuasores de velocidade ‘‘em locais com ambiente de auto-estrada’’, como a Radial de Benfica ou o prolongamento da Av. Estados Unidos da América, mas onde não se registam incidentes de trânsito com gravidade. Pelo contrário, em artérias como a Av. Almirante Reis, onde em 2006 ocorreram seis atropelamentos de peões, não há qualquer equipamento instalado. Os radares são também vistos como uma forma mais sofisticada de ‘caça à multa’. Entre 16 e 31 de Julho, os controlos de velocidade da Câmara apanharam cerca de 35 mil infractores, o equivalente a um mínimo de quatro milhões de euros em coimas.
Fernando Diogo e Monica Contreras

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

António Costa admite ajustamentos na velocidade

TSF Online
10 de Agosto 2007


O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, diz que vai avaliar a petição que defende o aumento do limite de velocidade para 80 quilómetros, controlado por radares, nas vias com traçado de via rápida.

António Costa sublinha que a segurança é a palavra de ordem, mas não exclui alguns acertos.

Questionado, esta tarde, pela TSF sobre uma petição que já soma mais de três mil assinaturas na Internet e onde se pede a subida do limite de 50 para 80 quilómetros nas vias com traçado de via rápida, Costa diz que só depois de receber o pedido avaliará o caso.

«A questão da segurança é essencial, a cidade não é uma pista de corridas nem uma auto-estrada, é para ser utilizada com segurança e normas», defendeu.

«Analisarei a petição quando ela nos chegar, mas a linha fundamental de reforço da segurança é para ser prosseguida, pode haver aqui ou ali algum ajustamento, caso se justifique, apreciaremos, mas neste momento não estamos a encarar isso», acrescentou.

O presidente da Câmara promete que vai analisar os contornos desta petição e admite a possibilidade de serem feitos alguns ajustamentos nos limites de velocidade fiscalizados pelos radares na cidade de Lisboa.


Oiça Aqui a TSF

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Interpelação da Assembleia Municipal de Lisboa



Enviei hoje aos partidos com representação na Assembleia Municipal de Lisboa um pedido para se pronunciarem sobre o conteúdo da Petição Radares 50-->80.Nos seguintes termos:

Exmos Srs,

Está em curso uma Petição intitulada "Lisboa - Pela conversão do limite dos 50 km/h em 80 km/h" que, desde o dia 24 de Julho, reuniu mais de 3.000 assinaturas.

A petição pode ser vista em http://www.petitiononline.com/dotecome/petition.html ou em http://radares50-80.blogspot.com/ .

Penso que este assunto toca profundamente os lisboetas pelo que gostaria de obter a vossa posição sobre a localização e adequação dos radares.

Cumprimentos

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

3.000 Assinaturas



Às 20:30 horas de hoje a Petição Radares 50-->80 atingiu as 3.000 assinaturas.

CENAS E SINAIS DO BURLESCO URBANO

Diário de Notícias
5 de Agosto de 2007


CENAS E SINAIS DO BURLESCO URBANO

João Lopes


A cidade de Lisboa está invadida por cenas de um novo género dramático: o burlesco automobilístico. Uma nova legislação faz com que os automóveis percorram agora algumas largas avenidas (incluindo as que apresentam estrutura de auto-estrada) sem passar da velocidade de 50 km/h, gerando muitos e caricatos cortejos de casamentos que não existem.
Compreende-se a lógica financeira da medida: com as inevitáveis multas, encontrou-se uma excelente fonte de rendimento para o Estado, para mais legitimada por essa histeria securitária que alimenta alguns discursos social e simbolicamente muito poderosos, desde os telejornais à classe política. Aliás, os políticos poderiam levar às últimas consequências o seu pendor alarmista, defendendo, por exemplo, a generalização de automóveis que saíssem da fábrica sem poder ultrapassar os 120 km/h, excluindo automaticamente a possibilidade de excessos de velocidade nas auto-estradas. Seria interessante avaliar a capacidade desses mesmos políticos para desafiarem o poder normativo dos fabricantes de automóveis e das empresas de combustíveis.
Curiosamente, a regra dos 50 km/h traduziu-se na proliferação de algumas novas imagens citadinas. A mais emblemática é um sinal circular de proibição como número 50 e, em baixo, a palavra "radar". Depois, há diversos painéis que avisam que se está a passar por uma zona em que as velocidades são controladas por radar. Assim, deixou de haver a capacidade de formular uma simples prática de interdição: não se trata de lembrar que é proibido circular a mais de 50 km/h, mas sim de avisar o condutor que está sujeito a um controlo eventualmente penalizador.
Estamos perante um cruzamento patético entre alógica totalitária do Big Brother e a vulgaridade militante do “nacional-porreirismo". Não se trata de proibir em nome de uma determinada ordem legal (discutível ou não), mas de tratar o cidadão em nome de um estúpido infantilismo: "Se não queres ser multado, não aceleres..."
Há, por isso, um silêncio incómodo em quase todos os protagonistas da nossa classe política. Na verdade, falta saber como encaram esta filosofia de policiamento iconográfico do tecido urbano e os seus efeitos na (de)formação da nossa consciência cívica. Por mim, gostaria de os ouvir responder a uma pergunta muito específica: quando a lei se quer impor como mero jogo de interdição e castigo, qual o sentido de responsabilidade e o grau de responsabilização que podemos esperar do cidadão? Afinal de contas, as imagens da cidade são também um espelho inevitável das relações que, supostamente, sustentam a nossa identidade colectiva.

domingo, 5 de agosto de 2007

Radares lisboetas batem os da BT

Expresso
4 de Agosto de 2007

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Radares lisboetas batem os da BT
Monica Contreras


O controlo de velocidade da Câmara apanha cinco vezes mais infractores do que todos os da GNR em Portugal

“É uma verdadeira caça à multa”, afirma Nunes da Silva, professor do Instituto Superior Técnico e especialista em trânsito, a propósito dos radares instalados pela Câmara de Lisboa. Estes têm tirado duas mil “fotos” por dia, um êxito que deixa longe as ‘marcas’ conseguidas por todos os aparelhos do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (com jurisdição de Sintra a Cascais, de Odivelas a Torres Novas, de Alverca e Torres Vedras): 200 por dia, um décimo, portanto. A GNR, em todo o país, detectou em média 12600 condutores aceleras por mês durante o primeiro semestre: um quinto dos resultados de Lisboa

“É natural que o número de condutores apanhados em excesso de velocidade se mantenha elevado, pois os radares estão, na maior parte dos casos, em vias desenhadas e projectadas para velocidades superiores a 50 ou mesmo 80 km/h”, afirma o docente do Técnico.

Para Carlos Barbosa, presidente do ACP, o problema reside na ex-vereadora Marina Ferreira, “que, graças a Deus, não foi reconduzida”. O líder do clube automobilístico só espera saber quem será o novo vereador do Trânsito para falar com ele sobre os radares. Barbosa está convencido de que os equipamentos foram postos “à balda”. A então vereadora “não ouviu as entidades especializadas, como o ACP, a PSP e a então Direcção-Geral de Viação”.

Entre 16 e 31 de Julho, os radares já apanharam quase 35 mil condutores o que, do ponto de vista financeiro, representa, pelo menos, mais de €4 milhões, 30% dos quais revertem para a autarquia.

Nunes da Silva prevê a continuação da chuva de multas. “Entra-se na Radial de Benfica, por exemplo, num ambiente de auto-estrada. Mas, quando surge o limite de 80 km/h, o condutor é apanhado de surpresa, não tendo tempo para reduzir. Ou então, trava bruscamente, podendo provocar acidentes”.

Segundo este especialista, os “pontos negros” estão “em zonas como a envolvente da Baixa ou a Avenida da República”. Seria melhor alterar as velocidades dos radares e colocar semáforos nos locais onde existe de facto sinistralidade, defende.

O comandante da Polícia Municipal admite ser necessário efectuar estudos para se poderem fazer algumas correcções. Mas primeiro quer falar com António Costa, o novo presidente da Câmara.

O advogado Pereira da Silva, conhecedor dos meandros dos processos judiciais envolvendo condutores apanhados por radares, disse ao Expresso que, no casos dos equipamentos de Lisboa os arguidos podem exigir a prova da aferição da máquina. Em casos passados “aconteceu, por diversas vezes, a polícia não conseguir apresentar essa prova por razões técnicas”.

O processo, desde o momento em que é identificado o veículo, começa por uma notificação, da Polícia Municipal. Se não pagar em 15 dias úteis, o autuado receberá uma contra-ordenação da Autoridade Nacional de Prevenção Rodoviária (herdeira da DGV), que gere o processo das infracções não pagas. O infractor pode reclamar, quer do pagamento quer de uma eventual inibição de conduzir, recorrendo aos tribunais.

Entretanto, uma petição (www.petitiononline.com/dotecome/petition.html) protesta contra a imposição do limite de velocidade de 50 km/h, pedindo que, onde haja pelo menos “quatro faixas de rodagem e baixa frequência de atravessamentos”, se passe para os 80 km/h.

Os radares na TVNET

TVNET
31 de Julho 2007

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Críticas aos radares criam "petição online" 2007-07-31 22:47 (GMT) O limite é de apenas 50km/hora mas os infractores e as críticas não param de crescer.As formas de contestação aos radares aumentam cada vez mais e a Internet parece ser um meio eficaz para se expressar o descontentamento.
Clique AQUI para ver a reportagem sobre este assunto na TVNET

Petição 'online' contra radares

SOL
31 de Julho 2007

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Petição 'online' contra radares
Por Margarida Davim



Está a correr na internet um abaixo-assinado para aumentar a velocidade permitida em alguns dos locais controlados por radar na cidade de Lisboa. Até ao momento, já foram recolhidas mais de 1200 assinaturas, que vão ser enviadas a António Costa, o recém-eleito presidente da Câmara.

O limite de 50 km/hora imposto em vias como a Infante Santo, a Avenida de Ceuta e a Marechal Gomes da Costa é classificado como «uma verdadeira aberração» pelos autores de uma petição online que pretende alterar as regras dos radares colocados pela Câmara em Lisboa.
No abaixo-assinado defende-se que os 80 km/hora seriam a velocidade máxima adequada a todos os troços «do tipo ‘via rápida’, com quatro faixas de rodagem e baixa frequência de atravessamentos».
Os 21 radares, que começaram a multar no dia 16 de Julho, são vistos pelos autores deste texto como «uma campanha de caça à multa» usada pela anterior vereação camarária para enfrentar «as dificuldades financeiras» da autarquia.
No entender dos apoiantes desta petição, a Câmara deveria encontrar «um equilíbrio razoável entre a velocidade e os riscos», coisa que não acontece com os actuais limites de velocidade, já que andar a 50 km/hora «dá sono, propicia distracções, provoca travagens bruscas e emperra visivelmente a circulação».
O documento – que já recolheu mais de 1200 assinaturas – vai ser entregue ao recém-eleito presidente da Câmara, António Costa, recordando que ao fim de uma semana os dispositivos de controlo de velocidade «detectaram cerca de 17.800 condutores em excesso de velocidade e produziram, desta forma, um milhão de euros de receitas dos quais 320 mil terão como destino os cofres da câmara».

Unidade autónoma vai controlar multas

Jornal de Notícias
28 de Julho de 2007

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Unidade autónoma vai controlar multas
Ana Fonseca

Governo acredita que número de infracções na capital vai diminuir
As contra-ordenações de trânsito que resultam dos radares instalados em Lisboa poderão vir a ser processadas por uma unidade autónoma da recém-criada Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).


Segundo um comunicado do Ministério de Administração Interna (MAI) - emitido na sequência de notícias na comunicação social que apontam falta de meios estatais para cobrança das multas -, essa hipótese está a ser ponderada. O documento adianta ainda que "após uma fase de adaptação dos condutores à nova realidade, o número de contra-ordenações irá diminuir". Saliente-se que, em média, os 21 radares instalados na cidade detectam diariamente 2500 infracções por excesso de velocidade.Face à alegada falta de meios para o processamento de todo aquele universo de infracções - dada a extinção da Direcção-Geral de Viação (DGV) e a passagem dessa função para ANSR - o MAI esclarece que "foram criados mecanismos através de protocolos com as forças de segurança e os governos civis no sentido de aproximar, esclarecer e informar os cidadãos sobre os seus direitos e o processamento dos autos de contra-ordenação". Portanto, asseguram os responsáveis ministeriais, "não será dificultado o acesso dos cidadãos aos processos de contra-ordenação, bem como se encontram assegurados os direitos de defesa" que constam da Constituição.Por último, o comunicado do MAI adianta que, ao contrário do que foi ontem noticiado, o Código da Estrada (CE) "não prevê qualquer excepção ao seu cumprimento por veículos oficiais e prioritários". Isto é, no artigo 64º do CE existe "a possibilidade de não respeitar as regras e os sinais de trânsito sempre que qualquer condutor circule em missões de socorro, polícia ou de serviço urgente de interesse público". Tais missões devem ser, contudo, "devidamente assinaladas". O condutor que circule em marcha de urgência sem que esta esteja assinalada será sancionado. Recorde-se que na internet já circula uma petição, actualmente com mais de 600 assinaturas, contra os 50 quilómetros/hora impostos pelos radares instalados em Lisboa.

A doutrina divide-se

Expresso
17 Julho 2007

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A doutrina divide-se
Cristina Pombo


Reduzir a sinistralidade é um dos motivos evocados pela autarquia da capital para a instalação de radares. Picado Santos, coordenador de um estudo sobre Segurança Rodoviária nas Zonas Urbanas, corrobora esta tese. Nunes da Silva, professor no Instituto Superior Técnico, contesta.




A instalação de 21 radares na capital, a funcionar em pleno desde as 9h de segunda-feira, é encarada pela Câmara Municipal de Lisboa como uma medida de segurança rodoviária.
A presidente da Comissão Administrativa da autarquia, Marina Ferreira, diz que “os radares são necessários à cidade”, uma preocupação que o especialista em transportes Fernando Nunes da Silva considera legítima, mas “aplicada de forma completamente arbitrária”.
O professor de Urbanismo e Transportes do Instituto Superior Técnico defende que há outras formas de controlar a velocidade nas principais vias da cidade, entre as quais o recurso a semáforos.
“Não era necessário ter ali o radar. O importante era condicionar a velocidade com programação dos semáforos”, explicou, referindo-se ao controlo existente na saída da auto-estrada de Cascais para Caselas, numa via onde já existem quatro semáforos.
Nunes da Silva critica o facto de terem sido feitas limitações “sem qualquer nexo ou coerência”, ao invés de variarem de acordo com as condições existentes, quer se trate de zonas residenciais, de atravessamento ou de perigosidade.
Sinistralidade em Lisboa em estudo
Os radares podem demover os condutores dos veículos de usarem velocidades elevadas e contribuir para a “acalmia do tráfego rodoviário”. A afirmação é de Luís de Picado Santos, investigador do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), que tem uma opinião diferente em relação à utilização de radares nas zonas urbanas.
Picado Santos afirma que “os eixos onde foram instalados os radares são os mais utilizados e onde a incidência de sinistralidade tem tendência a ser maior”, o que permitirá reduzir não só a quantidade e a gravidade dos acidentes, como o número de mortos e de feridos graves.
O investigador coordena um estudo sobre Segurança Rodoviária nas Zonas Urbanas, com conclusão prevista para Dezembro de 2008. A investigação incide sobre as ocorrências da sinistralidade rodoviária, entre 2004 e 2006, na cidade de Lisboa e visa identificar as zonas que devem ser alvo de intervenção na infra-estrutura física, para melhorar a canalização do tráfego automóvel através de uma sinalização mais eficaz. “Devemos contribuir para aumentar a percepção que o condutor tem de como usar as vias rodoviárias e assim diminuir a ocorrência de acidentes”, sublinha Picado Santos.
O investigador não descarta a hipótese do estudo vir também a avaliar a localização dos radares actualmente em funcionamento na capital, bem como sugerir a instalação de mais aparelhos.
Outro dos objectivos do estudo é desenvolver um modelo de previsão de acidentes que permita identificar quais as zonas mais perigosas ao nível da segurança rodoviária.
A investigação da FCTUC conta com a colaboração do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e da Câmara Municipal de Lisboa, com a qual foi estabelecido um protocolo em que o município se “disponibilizou a aplicar o estudo assim que este estiver finalizado, no sentido de melhorar a rede rodoviária da capital”, referiu Picado Santos.

Mais 1000 assinaturas em dois dias.



Às vinte horas do dia 1 de Agosto Petição Radares 50 --> 80 atingiu as 2000 assinaturas.
Precisamente no dia em que António Costa tomou posse.
As primeiras 1000 assinaturas demoraram 6 dias, de 24 a 30 de Julho, enquanto que as segundas 1000 só precisaram de dois dias.
Isto é ainda mais significativo pelo facto de estarmos em pleno período de férias.
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Primeiras 1.000 assinaturas

A petição que lançámos em
( http://www.petitiononline.com/dotecome/petition.html )
no dia 24 de Julho, para que os limites impostos pelos radares passem de 50 para 80 km/h nos troços do tipo "via rápida", alcançou no dia 30 de Julho as mil assinaturas.

Em pleno período de férias e ainda antes de os lisboetas multados terem começado a receber as notificações.

António Costa toma posse no dia 1 de Agosto...
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