Os automobilistas que todos os dias circulam na Segunda Circular a 80 quilómetros/hora, que é a velocidade máxima permitida, podem ter de vir a pôr o pé no travão. A comissão encarregue pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa de estudar a localização dos radares e os limites de velocidade na cidade vai debruçar-se sobre a possibilidade de reduzir o limite actualmente em vigor naquela artéria - provavelmente não para os 50 quilómetros/hora que ali vigoravam há muitos anos atrás, mas para 60 ou 70, disse ao PÚBLICO um membro da comissão.
domingo, 10 de fevereiro de 2008
Notícia fantasiosa
Os automobilistas que todos os dias circulam na Segunda Circular a 80 quilómetros/hora, que é a velocidade máxima permitida, podem ter de vir a pôr o pé no travão. A comissão encarregue pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa de estudar a localização dos radares e os limites de velocidade na cidade vai debruçar-se sobre a possibilidade de reduzir o limite actualmente em vigor naquela artéria - provavelmente não para os 50 quilómetros/hora que ali vigoravam há muitos anos atrás, mas para 60 ou 70, disse ao PÚBLICO um membro da comissão.
Coordenada pelo vereador da Mobilidade, Marcos Perestrello, a comissão tanto integra defensores do aumento da velocidade e dos direitos dos automobilistas como activistas dos direitos dos peões e técnicos ligados às questões rodoviárias. Sem poderes deliberativos, tem como missão aconselhar o presidente da autarquia, António Costa. E o autarca não tem escondido a sua intenção de alterar as características de via rápida da Segunda Circular, transformando-a numa avenida da cidade como tantas outras. A artéria deixaria de ser a fronteira que, "como uma cicatriz" - nas palavras de Costa - divide a cidade nova da cidade antiga. Um dos passos fundamentais desta reconversão será precisamente a redução da velocidade.
Ao mesmo tempo, a comissão vai também discutir o aumento dos limites de velocidade noutras artérias, como a Av. da Índia, onde não se pode circular acima dos 50 quilómetros/hora. Todas estas medidas deverão adequar-se à próxima revisão do Código da Estrada. Como o presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária também faz parte da comissão, esta encontra-se ao corrente das mudanças previstas a nível nacional nesta matéria.
A mudança de localização de alguns dos 21 radares de Lisboa está também a ser equacionada, sendo possível que vários deles passem a ser deslocados com frequência de um lado para o outro, em vez de ficarem sempre no mesmo sítio, de modo a que os automobilistas não contem com a sua presença. A aquisição de mais equipamentos deste género é outra possibilidade, condicionada no entanto pela difícil situação financeira da câmara. Até ao final do ano passado o radar que tinha registado maior número de infracções era o do túnel do Marquês no sentido oeste-este, com 60.860 transgressões ao limite de velocidade, que é de 50 quilómetros por hora naquele local. Entre Junho de 2007, data de colocação dos radares, e o final do ano passado a Polícia Municipal registou 261.728 infracções ao limite de velocidade. Com Lusa
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Como membro da referida Comissão e como participante na reunião mencionada posso assegurar que esta notícia é fantasiosa.
Não houve qualquer proposta para o abaixamento da velocidade máxima permitida na Segunda Circular. A referida via foi até referida como um exemplo pela boa aceitação pública do actual limite de 80 km/h.
Aproveito para informar que os acidentes ocorridos em 2006 na Segunda Circular produziram cinco feridos graves. Apesar do enorme volume de tráfego está muito longe de constituir um dos pontos mais críticos de Lisboa.
Publicada por F. Penim Redondo às 11:20
Etiquetas: - Público, * CARL - Com. Avalição de Radares de Lx, Propostas
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