Diário Digital
15.01.2007
O vereador do movimento Cidadãos por Lisboa Manuel João Ramos afirmou hoje que a comissão de avaliação dos radares instalados pela autarquia, que reuniu uma vez, «foi feita para retirar o assunto da comunicação social».
«É uma pseudo-comissão que reuniu uma vez para uma espécie de apresentação. Foi feita para retirar o assunto da comunicação social», disse à Lusa Manuel João Ramos, que integra a comissão.
Os 21 radares começaram a funcionar a 16 de Julho do ano passado e a comissão reuniu a 01 de Outubro depois de uma petição ter exigido a reformulação do sistema.
Coordenada pelo vereador da Mobilidade, Marcos Perestrello (PS), a comissão integra o director municipal de Segurança e Tráfego, Fernando Moutinho, o comandante da Polícia Municipal, André Gomes, subcomissário Gancho da Divisão de Trânsito da PSP, o presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Paulo Marques Augusto, presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP), Carlos Barbosa, Maranha das Neves em representação do Centro Rodoviário Português e Fernando Penim Redondo, promotor da petição.
Penim Redondo disse à Lusa que «houve reuniões marcadas que foram sucessivamente adiadas com o objectivo de se recolher dados que permitam avaliar os resultados dos radares».
O promotor da petição que defendia que a velocidade máxima passasse de 50 para 80 quilómetros/hora em algumas vias, com características de via rápida, considera que esses dados são importantes para avaliar o sistema e acha «normal» que se aguarde pelas estatísticas até ao final do ano.
Para o vereador Manuel João Ramos, que é igualmente presidente da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M), os radares «são medidas pontuais que, como não são acompanhados de outras, não têm efeito nenhum».
«O que eu vejo é as pessoas baixarem a velocidade quando passam o radar e voltarem a acelerar«, disse.
O presidente da ACA-M considera que deveriam ser usados os »radares móveis da PSP, como complemento aos outro radares, numa maior coordenação entre PSP e Polícia Municipal«.
«Sobretudo falta mexer no sistema 'Gertrude' de regularização do trânsito porque a 'onda verde' dos semáforos permite o excesso de velocidade», sustentou.
Manuel João Ramos sublinhou que «sobretudo de noite, as pessoas aceleram para apanharem vários sinais verdes», gerando situações de insegurança rodoviária.
Os radares estão instalados desde 16 de Julho nas Avenidas das Descobertas, da Índia, Cidade do Porto, Brasília, de Ceuta, Infante D. Henrique, Estados Unidos da América, Marechal Gomes da Costa e Gago Coutinho e nos Túneis do Campo Grande, do Marquês de Pombal e da Avenida João XXI - onde o limite de velocidade é de 50 quilómetros/hora - e ainda na Radial de Benfica, na Segunda Circular e no prolongamento da Estados Unidos da América, onde a velocidade máxima permitida é de 80 km/h.
Diário Digital / Lusa
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Radares/Vereador: Comissão criada para «retirar assunto da CS»
Publicada por F. Penim Redondo às 19:43
Etiquetas: - Diário Digital, - Lusa, * ACAM, * CARL - Com. Avalição de Radares de Lx, = Manuel João Ramos, = Marcos Perestrello, Efeitos dos radares em Lisboa
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