quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Mortos de segunda

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Público
13.01.2009


Só entre o primeiro dia do ano e sábado morreram nove pessoas em 350 incêndios em habitações. É mais de um terço das mortes em incêndios deste tipo registados ao longo de 2008 (25), de acordo com os dados fornecidos pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).
As notícias publicadas na imprensa apontam o dedo, com alguma frequência, ao uso indevido de lareiras e outros sistemas de aquecimento. Ontem, um homem de 79 anos morreu em sua casa, na freguesia da Madalena, em Vila Nova de Gaia. Foi vítima de um fogo que, desconfia Manuel Rosa, chefe de segunda classe dos bombeiros sapadores, pode ter tido origem num cobertor eléctrico.
Na semana passada, quatro pessoas também morreram num incêndio num edifício junto à Torre dos Clérigos. Entre as vítimas estavam duas crianças. Uma fonte dos bombeiros chegou a afirmar que a origem da tragédia poderá ter estado num radiador de aquecimento.

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Se esta sucessão de mortes tivesse acontecido na estrada a repercussão na comunicação social seria enorme e já teria vindo a ACAM gritar a sua "guerra civil". Estes que morrem em casa são mortos de segunda e não merecem investimentos públicos do tipo "Estamos a travar este drama".
Já tinhamos dito aqui que há muito mais acidentes em casa do que nas estradas.
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