Lisboa sempre a descer
As mortes na estrada na cidade de Lisboa reduziram quase para metade em 2008. Das 18 vítimas mortais em 2007, o número baixou para dez, em 2008, o que se traduz numa redução de 45%. Porém, quanto à condução sobre o efeito do álcool, os números aumentaram em valores próximos dos 40%.
"Bastante positivo". É assim que o comissário João Pinheiro da Divisão de Trânsito de Lisboa (DTL), classifica este balanço. Isto porque, "ter dez mortos numa cidade onde entram 250 mil carros por dia é bom. É único na Europa".
Também o total de acidentes caiu cerca de 20%, de 11.168 para 8.988. Ou seja, uma média de 24 acidentes por dia. Ainda mais baixo foi o número de feridos graves que desceu de 152 para 116. Com uma diminuição menor, mas também em queda, estiveram os feridos leves (menos 16,10%) e os danos (menos 17,30%).
E se os sinistros reduziram drasticamente, o oposto se passou nos dados relativos ao álcool. "As pessoas não pararam de beber e nós aumentámos as operações", explica João Pinheiro. Logo, o número de condutores detidos por atingirem a fasquia de "crime" aumentou 38%, para um total de 401 detenções. As contra-ordenações não foram excepção, com as muito graves a aumentarem 39 % e as graves 32%.
Porém, os números foram inflaccionados por um aumento na fiscalização. A DTL esteve mais na rua e aumentou em 21% o número total de viaturas fiscalizadas, que rondaram as 33 mil. E, para não variar, voltou-se ainda a registar um número elevado de condutores em excesso de velocidade: sete mil -menos mil que em 2007.
Quanto aos grupos de risco, o balanço foi também positivo. Entre os motociclistas foi registada uma redução das vítimas mortais, os atropelamentos diminuiram 19,9%.
Em 2008, também aumentaram os rendimentos decorrentes das infracções. João Pinheiro não quis avançar com números, mas garantiu que foram superiores ao ano anterior. Ou seja, certamente mais que três milhões de euros.
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Finalmente aparece um responsável que desdramatiza os acidentes e lhes dá a importância que realmente têm. Tal como ele diz o número de vítimas é muito baixo se atendermos ao volume e intensidade de tráfego em Lisboa.
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