sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Teimosia cara

IOL
08.01.2009


O governo quer apostar numa rede nacional de radares para reduzir a sinistralidade nas estradas portuguesas. Nos próximos anos, vão ser instalados 300 equipamentos de controlo de velocidade de norte a sul do país. Os primeiros concursos públicos vão ser lançados já em 2010.
Até 2015 Portugal deverá estar no top 10 dos países da União Europeia com menos sinistralidade. A meta foi traçada pelo ministro da Administração Interna, Rui Pereira que quer controlar um dos maiores responsáveis pelos acidentes nas estradas nacionais: o excesso de velocidade.
Em 2009, Portugal atingiu o valor mais baixo em relação ao número de mortos nas estradas: 738. Também no ano passado registaram-se menos feridos graves. Falta agora saber o número total de acidentes, que deverá ser divulgada em Março, no relatório nacional relativo a 2009.
Além dos radares há outras medidas a adoptar: melhorar a sinalização nas estradas e aperfeiçoar o ensino da condução. Apesar dos últimos dados serem animadores, feitas as contas, os acidentes de viação afectam, em média, cinco pessoas por hora, causando-lhes a morte ou ferimentos.

_______________________

Apesar da substancial e constante redução do número de vítimas nos últimos anos, sem radares, o governo insiste em gastar recursos preciosos para controlar a velocidade que nem sequer é a principal causa dos acidentes.

Vai fazer-se uma despesa enorme na instalação e depois também na manutenção e gestão da rede de radares sem qualquer garantia de resultados. Como já ficou claro a melhoria das vias e da segurança dos veículos, só por si, reduziram o número de mortos anuais de mais de 1800 para 738. É muito fácil gastar o dinheiro dos outros, ou seja, o nosso.

.


Sem comentários: