23.06.2009
Portugal é terceiro entre os países da União Europeia que mais reduziram o número de mortes na estrada e pode mesmo cumprir os objectivos comunitários traçados para 2010. Lisboa reportou a Bruxelas um total de 885 mortes em 2008.
Portugal conseguiu mesmo a maior redução relativa de mortalidade de crianças até 14 anos nas estradas - 15% -, enquanto países como França, Bélgica ou Suíça só cortaram tal referência em 10%. A média comunitária ficou nos 7%.
Desde 2001 Portugal diminuiu em 47% o número de vítimas mortais em acidentes rodoviários. Mais, só mesmo o Luxemburgo, com 49%, e a França, com 48%. Se os três países, bem como a Espanha, a Bélgica e a Letónia, mantiverem o sentido decrescente da sinistralidade, poderão "cortar em metade o número de mortes até 2010", lê-se no relatório do Conselho Europeu de Segurança Automóvel (ETSC), ontem divulgado em Bruxelas.
O mesmo documento diz que em 2008 morreram 79 pessoas em acidentes rodoviários por cada milhão de habitantes da UE. Em 2001 perderam a vida 113 pessoas, o ano que a UE assumiu como base de cálculo do corte para metade dos valores da sinistralidade automóvel.
A meta está, no entanto, longe de ser atingida. Em 2001 perderam a vida 54 400 pessoas e Bruxelas pretendia chegar a 2010 com um valor não superior a 25 000 mortes anuais. Em 2008, os acidentes nas estradas da UE mataram cerca de 39 mil pessoas, menos 8,5 % do que no ano anterior. Em termos comunitários representa uma redução de 28% em relação a 2001. O relatório assinala que para atingir o objectivo traçado para 2010 seria necessária uma redução anual ao ritmo dos 7,4%, uma taxa superior aos 4,4% registados de facto.
As estradas da Suécia, Holanda, Reino Unido, Malta e Suíça são consideradas as mais seguras da Europa, com números abaixo das 50 mortes por milhão de habitantes.
O ETSC analisa possíveis medidas que ajudam na redução de mortes na estrada. Numa avaliação até cinco estrelas para níveis de segurança dos passageiros, Portugal, Noruega e Suécia são os países onde, em 2008, se venderam mais veículos não comerciais classificados com quatro ou cinco estrelas.
O ETSC diz que a crise económica e os preços elevados do petróleo, registados no início do ano, também ajudaram, indirectamente, a diminuir os acidentes.
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