quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A alternativa mais barata ao GPS

Diário Económico
04.12.2008


Por tudo o País, que sejam conhecidas, existem 46 câmaras fixas e 700 câmaras móveis, números que José Sócrates já disse que pretende aumentar. Em resposta, os condutores investiram nos sistemas de navegação portátil (GPS) que chegam a custar mais de 500 euros.

A Inforad, empresa que comercializa dispositivos GPS e localizadores de câmaras de controlo de velocidade, chegou a Portugal na semana passada e promete revolucionar o mercado de GPS. Porquê? “Simplesmente porque somos uma alternativa mais barata mas eficiente aos equipamentos normais de GPS que têm esta funcionalidade [localização de radares], pois os nossos equipamentos custam a partir de 50 euros”, explica Sérgio Correia da Silva, director da Newlemix, distribuidor da Inforad em Portugal.

O modo de funcionamento dos equipamentos da Inforad é simples. Basta actualizar a base de dados através do ‘site’ de Internet, ligar o equipamento e os condutores são avisados através de alarmes luminosos e sonoros quando se aproximam de um radar. “O sistema é 100% legal porque apenas utiliza tecnologia GPS, o que permite localizar através de uma base de dados um radar”, acrescenta o mesmo responsável.

Em todo a Europa, a Inforad acredita vender 500 mil equipamentos, só em 2008, “um valor que asseguram ser superior a qualquer um dos concorrentes”, diz Sérgio Correia da Silva com base nos dados obtidos através dos fabricantes de componentes.

Apesar de ser um localizador de radares mais barato que os outros GPS, Carlos Martins, director-geral da Garmin, acredita que estes não vão retirar quota de mercado à empresa. “O conceito destes dispositivos GPS é diferente dos nossos equipamentos pois não definem rotas”, refere. Opinião partilhada pela Blaupunkt, que defende que “a fatia de consumidores que adquire um GPS apenas por este avisar a localização dos controlos de velocidade é bastante pequena”.

Apesar da actual crise económica a Inforad estima vender 20 mil unidades no primeiro ano (até Novembro de 2009). Carlos Martins, da Garmin, explica que se sentiu uma transferência na escolha de produto. “Enquanto que há algum tempo vendíamos mais os equipamentos topos de gama, agora vendemos mais os modelos de entrada de gama, com preços a partir de 99 euros. Este ano, já vendemos cerca de 40 mil unidades, em Portugal”, refere a Garmin. A Blaupunkt já comercializou cerca de 8.200 unidades. A TomTom, que não divulga dados por países, refere já ter vendido 18 milhões de unidades na Europa.

2 comentários:

Anónimo disse...

O sempre tão atento Penim "esqueceu-se" de publicar esta notícia que nega totalmente as suas teorias lunáticas dos últimos dois anos - afinal os radares sempre fazem baixar o número de acidentes:


Menos mortos e feridos graves devido a radares em Lisboa -PUBLICO - 08.12.2008, Inês Boaventura

A autarquia lamenta que o Governo não permita o acesso a "informações importantíssimas", como o número de acidentes e de feridos ligeiros

Os radares de controlo de velocidade instalados em Lisboa há cerca de um ano e meio contribuíram, segundo o director municipal de Protecção Civil, Segurança e Tráfego, Fernando Moutinho, para "uma redução objectiva da sinistralidade grave".

Segundo números a que o PÚBLICO teve acesso, divulgados na última reunião da Comissão de Avaliação do Sistema de Controlo de Velocidade e Vigilância do Tráfego de Lisboa, num conjunto de 12 das vias com radares houve nove mortos em 2006 e sete em 2007, ano em que aqueles equipamentos entraram em funcionamento. E dessas sete mortes duas ocorreram junto ao Terreiro do Paço, já "fora da zona do radar" colocado na Avenida Infante Dom Henrique.
Nas mesmas 12 vias verificou-se que, entre 2006 e 2007, o número de feridos graves diminuiu de 66 para 19. No caso das avenidas Marechal Craveiro Lopes e General Norton de Matos (conhecidas como Segunda Circular), Marechal Gomes da Costa, Marechal Spínola e de Brasília não se registaram quaisquer feridos graves em 2007, ao contrário do que tinha acontecido no ano anterior.
Também significativa foi a diminuição da sinistralidade grave na Av. Infante Dom Henrique (onde o número de pessoas feridas com gravidade baixou de 22 para 8), na Av. Cidade do Porto (Segunda Circular) e na Av. Almirante Gago Coutinho.
Numa análise alargada já a 2008, mas abarcando apenas o primeiro semestre de cada ano, constatou-se que nas 12 vias em análise houve 40 feridos graves em 2006, oito em 2007 e 11 em 2008 (três dos quais ocorreram um único acidente na Av. Marechal Gomes da Costa). Já o número de mortos desceu de seis para um e, finalmente, para zero.

Acalmia indiscutível
O director municipal de Protecção Civil, Segurança e Tráfego da Câmara de Lisboa constatou que, na sequência da instalação dos radares de controlo de velocidade houve "uma acalmia do tráfego indiscutível", bem como "uma redução objectiva da sinistralidade grave". Isto aconteceu, segundo Fernando Moutinho, não só nos locais onde foram colocados aqueles equipamentos, mas também nas zonas imediatamente antes e depois.
O arquitecto acredita que mesmo para os críticos dos radares "é difícil rebater estes dados", embora admita que o período em análise é ainda muito curto para se chegar a uma conclusão mais definitiva sobre as melhorias nos índices de sinistralidade.
A avaliação preliminar agora feita tem, segundo o mesmo responsável, o problema acrescido de se fundamentar apenas no número de mortos e feridos graves, que são os únicos divulgados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.
O director municipal adianta que "já foi pedido formalmente" àquela entidade que passe a disponibilizar outros dados, como o número total de acidentes e o número de feridos ligeiros, "informações importantíssimas" para permitir "uma análise mais fina" dos efeitos dos radares e também para "identificar melhor os pontos negros" da cidade.
Os 21 radares da capital, cuja instalação foi decidida quando Carmona Rodrigues era presidente da autarquia, entraram em funcionamento em Julho de 2007.
A Comissão de Avaliação do Sistema de Controlo de Velocidade e Vigilância do Tráfego de Lisboa deverá concluir no início de 2009 uma proposta na qual recomendará a instalação de mais radares e a deslocação para novos locais de alguns dos equipamentos em funcionamento, mas o projecto não tem data para sair do papel.
"A questão dos radares não é prioritária", disse o assessor de imprensa da Câmara de Lisboa. Confrontado com esta afirmação, o director municipal de Protecção Civil, Segurança e Tráfego admitiu que "os prazos são políticos", mas defendeu que o trabalho da comissão vai permitir fundamentar qualquer decisão do executivo que venha a ser tomada sobre esta matéria.
A proposta da comissão deverá, segundo um documento preliminar já divulgado, pedir a colocação de novos radares em artérias como a Avenida Dr. Alberto Bensaúde e a Avenida Gulbenkian, mas também no Eixo Norte-Sul. Já no caso da Avenida Marechal Spínola (prolongamento da Avenida Estados Unidos da América), a ideia é retirar o equipamento lá instalado por se tratar de "um eixo radial com volumes de tráfego bem longe da sua capacidade de projecto".
Segundo o presidente da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados, Manuel João Ramos, a proposta final deverá ainda incluir algumas recomendações feitas por esta entidade, nomeadamente a introdução de um conjunto de medidas de acalmia de tráfego complementares aos radares. Entre elas contam-se alterações na semaforização, colocação de lombas e de painéis de alerta.

F. Penim Redondo disse...

Esteja descansado caro anónimo.

Dentro em breve porque é que este milagre, agora descoberto depois de meses de paragem da Comissão dos radares, é uma obra de ficção.