sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Comissão de radares parada há oito meses e sem decisões

Diário de Notícias
07.11.2008

Lisboa. Mudanças propostas para atenuar velocidade na capital continuam na gaveta.
A Comissão do Sistema de Controlo de Velocidade (CSCV) criada pela vereação da mobilidade da Câmara de Lisboa não reúne há oito meses. O último encontro entre as entidades que a compõem foi em Março. "Desde aí, nada mais foi discutido, decidido ou mudado na cidade para atenuar a sinistralidade", explicaram ao DN fontes ligadas a este organismo. Aliás, sublinham, "a comissão foi criada com carácter de urgência para avaliar e resolver os pontos negros da cidade e nada fez ainda".

Na última reunião, a segunda, desde a criação em Agosto de 2007, foi apresentado um documento dos serviços camarários que propunha a colocação de novos radares em novas artérias, a retirada de outros e a duplicação do sistema em vias rápidas, como na Avenida Infante Dom Henrique. Os serviços consideravam ainda importante a substituição de alguns.

Na altura, o vereador Marcos Perestrello afirmou ao DN que estas decisões seriam tomadas até fim de Março. Até porque um dos seus objectivos era resolver os 28 pontos negros de Lisboa antes do Verão. Só que "continua tudo na mesma", referiram as mesmas fontes. Em Maio, o Movimento pelos Cidadãos de Lisboa apresentou uma contraproposta ao documento da CML, que ainda não foi analisada.

A CSCV, composta por elementos da CML, da Divisão de Trânsito da PSP, Polícia Municipal, Carlos Barbosa do ACP e Pinheiro Redondo, um dos subscritores da petição contra os radares, foi criada para estudar o impacto dos radares na circulação com velocidade e analisar a temporização dos semáforos , bem como outras medidas que pudessem atenuar a sinistralidade, mas "nada estudou ou avaliou ainda quase dois anos depois da instalação dos primeiros radares. Se o tivesse feito, talvez fosse possível evitar alguns acidentes mortais", salientaram as mesma fontes.

O DN contactou a CML para saber quais as razões que levaram a parar os trabalhos da comissão, mas até à hora do fecho da edição não obteve resposta. - A.M.I.

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Esta notícia contém várias inexactidões e equívocos:

1. A última reunião da "Comissão de Avaliação dos Radares", ocorrida a 27 de Março aprovou por consenso um plano dos serviços camarários competentes. É verdade que a CML ainda não deu qualquer seguimento prático a esse plano mas tal nada tem a ver com a Comissão.

2. A referida Comissão não foi criada para "atenuar velocidade na capital" nem para "resolver os 28 pontos negros de Lisboa antes do Verão". A Comissão foi criada para avaliar os impactos, positivos e negativos, dos 21 radares instalados em Lisboa e fazer recomendações para a respectiva reconfiguração.

3. É verdade que a Comissão não teve acesso a informação relevante para executar a sua missão cabalmente pelo que se limitou a concluir a sua actividade com a aprovação do documento camarário referido acima. Este facto foi denunciado por alguns dos participantes na altura.

4. Os "Cidadãos por Lisboa" não faziam parte da Comissão e a sua proposta fazia, pura e simplesmente, tábua rasa do documento camarário aprovado por esta em 27 de Março.

5. Embora isso não seja muito importante aproveito para corrigir: O meu nome é Penim Redondo e não Pinheiro Redondo.

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