segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Acidente no Terreiro do Paço em fase de inquérito

Diário de Notícias
02.11.2008



Um ano após o acidente no Terreiro do Paço, Lisboa, que matou duas mulheres e feriu outra gravemente, o processo-crime continua em fase de inquérito, disse ontem fonte da Procuradoria-Geral da República.

Segundo a mesma fonte, falta uma perícia do Instituto Superior Técnico que, em princípio, estará pronta dentro de 15 dias, e o Ministério Público aguarda o envio do processo pela PSP para proferir despacho. O acidente deu-se às 05.45 de 2 de Novembro de 2007, quando uma condutora de um carro ligeiro atropelou três mulheres - Filipa Borges, Rufina Rocha e Neuza Rocha Soares, filha de Rufina Rocha -, que atravessavam uma passadeira entre o Ministério das Finanças e a Estação Sul e Sueste, junto ao Terreiro do Paço.

Filipa Borges, de 57 anos, e Neuza Rocha Soares, de 20, foram as vítimas mortais do acidente, que terá sido causado por excesso de velocidade, tendo os filhos de Filipa sido já indemnizados pela seguradora da condutora, a Mapfre, em Maio. Segundo João Ferreira da Conceição, o advogado dos herdeiros de Filipa, a Mapfre deu um cheque de 210 mil euros ao filho mais velho da vítima.

O advogado disse ser uma verba "negociada" entre as partes como "indemnização por danos patrimoniais e outros à família da vítima". Por indemnizar estão os herdeiros de Neuza Rocha Soares e Rufina Silva.

Segundo o advogado das duas vítimas, os familiares de Neuza ainda não foram indemnizados embora haja "disponibilidade" por parte da Mapfre para um entendimento que "ainda não aconteceu por razões burocráticas". Quanto a Rufina Rocha, Branco da Silva disse que até agora a seguradora da condutora "sempre se portou muito bem com a vítima", suportando todos os tratamentos, quer em Portugal quer em Barcelona, onde a vítima foi tratada durante algum tempo, acrescentando que ainda não foi dada qualquer indemnização já que o processo clínico da vítima "ainda não está concluído". À Lusa, a seguradora disse que aguarda um "exame médico final" a Rufina para apresentar uma proposta de indemnização ao advogado. LUSA

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É inacreditável como um acidente explorado nos media de forma escandalosa continua, um ano depois, sem conclusões objectivas quanto às suas causas. Isso não impede a notícia de dizer "foram as vítimas mortais do acidente, que terá sido causado por excesso de velocidade". Com base em quê ?

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