SOL online, 01.04.2008
O promotor da petição que defendeu o aumento da velocidade máxima dos radares de Lisboa considerou hoje que a proposta de alteração à localização dos equipamentos é «limitada» ao manter os limites em 50 km/hora.
«Embora concorde com a mudança, é uma modificação muito limitada. Continuará a haver vários radares com limites máximos de velocidade que a maioria dos cidadãos considera excessiva», disse Francisco Penim Redondo.
Penim Redondo foi o promotor de uma petição pelo aumento da velocidade máxima permitida pelos radares de 50 para 80 quilómetros/hora (km/h), em troços «tipo via-rápida», que reuniu mais de 10 mil assinaturas.
O SOL avançou no sábado que a comissão de avaliação dos radares, que Penim Redondo integra, aprovou uma recomendação que defende a eliminação de radares da Avenida de Ceuta e a Marechal Spínola (prolongamento da Estados Unidos da América), e o reforço daqueles equipamentos na Segunda Circular e na Avenida Infante D. Henrique.
Segundo Fernando Penim Redondo, trata-se de uma proposta elaborada pelos serviços camarários que ainda não é um «documento definitivo», mas que «reuniu algum consenso» por parte dos membros da comissão, que farão ainda recomendações.
«Ao nível dos limites máximos nada foi feito. É um começo, que embora sendo um sinal positivo, fica muito aquém do que se esperava», declarou.
Penim Redondo considera que «há vias onde a sinistralidade é maior» que deveriam ter radares.
«A Almirante Reis e a 24 de Julho justificam mais porque têm um número de atropelamentos mais elevados», considerou.
O promotor da petição vai recomendar a criação de um grupo de trabalho «para estudar as causas dos acidentes e o impacto que os radares tiveram nos acidentes nos locais em que foram instalados».
«Nada está provado da relação entre os radares e a diminuição de acidentes. Não há dados objectivos. A comissão decide com base em conjecturas e convicções», sustentou.
Coordenada pelo vereador da Mobilidade, Marcos Perestrello (PS), a comissão integra o director municipal de Segurança e Tráfego, Fernando Moutinho, o comandante da Polícia Municipal, André Gomes, subcomissário Gancho da Divisão de Trânsito da PSP, o presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Paulo Marques Augusto, presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP), Carlos Barbosa, Maranha das Neves em representação do Centro Rodoviário Português e Fernando Penim Redondo.
Os 21 radares da capital começaram a funcionar a 16 de Julho do ano passado e a comissão reuniu a 01 de Outubro depois da petição promovida por Penim Redondo ter exigido a reformulação do sistema.
Os radares estão instalados nas Avenidas das Descobertas, da Índia, Cidade do Porto, Brasília, de Ceuta, Infante D. Henrique, Estados Unidos da América, Marechal Gomes da Costa e Gago Coutinho e nos Túneis do Campo Grande, do Marquês de Pombal e da Avenida João XXI - onde o limite de velocidade é de 50 quilómetros/hora - e ainda na Radial de Benfica, na Segunda Circular e no prolongamento da Estados Unidos da América, onde a velocidade máxima permitida é de 80 km/h.
A Polícia Municipal registou 261.728 infracções ao limite de velocidade entre Junho e Dezembro de 2007.
O radar que registou o maior número de infracções, até final de Dezembro, foi o que está instalado no túnel do Marquês no sentido Oeste-Este, com 60.860 transgressões ao limite de velocidade, que é de 50 quilómetros por hora naquele espaço.
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O texto tem algumas imprecisões, a mais óbvia das quais é chamar-me Francisco.
quarta-feira, 2 de abril de 2008
Promotor da petição diz que alteração proposta é 'limitada'
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