RTP, 24.04.2008
Lisboa, 24 Abr (Lusa) - A redução do número de condutores apanhados em excesso de velocidade nos 21 radares da cidade, "não corresponde a menos acidentes", defende a Associação de Cidadãos Auto Mobilizados (A-CAM).
O presidente da A-CAM, Manuel João Ramos, disse hoje à Lusa que a diminuição generalizada do número de multas atribuídas após detecção colocação de radares em Lisboa vem justificar a sua existência.
Para o promotor da petição para alteração dos limites de velocidade, e com assento na Comissão de Acompanhamento dos Radares, Fernando Penim Redondo, o decréscimo do número de automobilistas apanhados em excesso de velocidade "não quer dizer nada". "Não conheço qualquer conclusão ou estudo aprofundado sobre o efeito dos radares em número de acidentes ou mortes", afirmou Fernando Penim Redondo.
"Os radares permitem reduzir a sinistralidade e têm um efeito de aprendizagem", salientou ainda o presidente da A-CAM, lamentando, contudo, que só tenham efeito nos locais onde estão instalados os radares.
Para Manuel João Ramos, a "sinistralidade na cidade de Lisboa só não é menor porque as autoridades não querem mexer na semaforização" da cidade e "gastar dinheiro em mais radares".
Fernando Penim argumenta, por seu lado, que "não existe ninguém com capacidade para avaliar o verdadeiro impacto dos radares na sinistralidade", e que nas várias reuniões da comissão de acompanhamento dos radares "nenhuma entidade comunicou quantas multas foram passadas, a redução do número de acidentes e as receitas recolhidas".
"Os radares são uma medida local, sem impacto na cidade. Eles (radares) têm que estar coordenados com os semáforos", referiu, adiantando que o tempo de verde nos semáforos devia ser, em muitos casos, reduzido, defende o responsável da A-CAM.
Manuel João Ramos defendeu ainda que "qualquer alteração de radares pode implicar a retoma de hábitos antigos", referindo-se à possibilidade de alguns aparelhos virem a ser transferidos de local.
Em relação ao recente anúncio de mais radares e caixas para controlo de velocidade, Fernando Penim, considera que "é apenas poeira para os olhos dos cidadãos, não se combate a verdadeira causa dos acidentes".
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O Presidente da A-CAM faz uma declaração paradoxal. Ele diz:
"A redução do número de condutores apanhados em excesso de velocidade nos 21 radares da cidade, "não corresponde a menos acidentes"
1. Ele não tem qualquer base para fazer esta afirmação pois não existem dados que a comprovem
2. Se fosse verdadeira a afirmação citada do Presidente da A-CAM, então seria absurda uma outra das suas afirmações:
"a diminuição generalizada do número de multas atribuídas após detecção colocação de radares em Lisboa vem justificar a sua existência".
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Lisboa: Redução de infractores nos radares não traduz menos acidentes - A-CAM
Publicada por F. Penim Redondo às 22:27
Etiquetas: * ACAM, = Manuel João Ramos, Contra-ordenações, Efeitos dos radares em Lisboa, Eficácia dos radares
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