segunda-feira, 3 de março de 2008
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A resposta aos acidentes de viação em Portugal tem vindo a ser equacionada, quer nos meios de comunicação quer nas instâncias do poder, a partir de quatro ideias erradas e mistificadoras: - Que os acidentes de viação constituem uma das principais causas de morte e são um dos problemas mais graves com que se defronta a sociedade portuguesa. * a verdade é que só 0,79 % dos falecimentos em 2006 tiveram como causa os acidentes de viação. Todos os anos morrem mais pessoas em acidentes ocorridos dentro de casa, ou de uma simples gripe, do que nas estradas. - Que Portugal apresenta uma sinistralidade anormalmente elevada quando comparada com outros países. * a verdade é que Portugal é o 13º país em termos de mortos por milhão de habitantes, portanto a meio da tabela da Europa a 27 e melhor do que seria de esperar com base no seu nível de desenvolvimento social e económico. - Que os acidentes resultam quase sempre de velocidade excessiva e que a redução geral da velocidade de circulação seria uma solução sem inconvenientes e eficaz para combater a sinistralidade. * a verdade é que, com base em estudos feitos em Espanha, a maior parte dos acidentes resulta de distracções, adormecimento e doenças súbitas ao volante. Uma redução da velocidade média de circulação de 60 para 50 km/h, em Portugal, levaria à perda pela sociedade de 14 milhões de dias/homem. - Que os excessos de velocidade, e as suas "inevitáveis" consequências, são a demonstração irrefutável da irresponsabilidade e falta de civismo da generalidade dos cidadãos automobilistas. * esta tese é tão científica como dizer que "os chineses são todos iguais" ou que "todos os espanhóis gostam de touradas" Temos que nos mobilizar para reverter esta situação. Em vez de EXAGERAR e MANIPULAR para CULPABILIZAR é preciso ESTUDAR e COMPREENDER para PREVENIR. |
A segunda reunião da comissão foi marcada para 31 de Janeiro 2008. Acabou por realizar-se no dia 7 de Fevereiro 2008.
A terceira reunião da comissão realizou-se em 27 de Março 2008 tendo sido adoptado, por consenso, um parecer entregue à CML.
A versão final do parecer da "Comissão dos Radares" foi divulgado pela CML em 30 de Maio 2008..
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