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F. Penim Redondo
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Etiquetas: - Público, * DGV, Burocracia/Receitas, Casos relatados, Contra-ordenações, Perseguição aos Automobilistas
.Numa fiscalização realizada em 67 hospitais do Serviço Nacional de Saúde, a Inspecção-Geral da Saúde detectou que, nos últimos dois anos, a maioria dos acidentes relacionados com a queda de doentes de macas ou de camas ocorreu na zona de internamento. Uma das principais causas é a falta de grades nas camas. O presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, Pedro Lopes, defende a adopção de medidas urgentes.
Em apenas 25 meses, os hospitais portugueses registaram 4.200 acidentes relacionados com a queda de doentes de macas ou de camas. Os dados são relativos aos anos 2006, 2007 e a Janeiro de 2008 e constam de um relatório da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS), que está já nas mãos da ministra da Saúde, Ana Jorge.
Em 85 daquelas situações, os doentes acabaram por falecer, embora não tenha sido demonstrado "em todos os casos, o nexo causal entre o acidente e a morte". Em 29 casos, foram originados processos de natureza disciplinar.
Pedro Lopes, da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, disse que o número de quedas é significativo, admitindo que tem de se "tomar medidas para tornar os hospitais mais seguros".
Os dados fazem parte do relatório "Acidentes com macas e camas nos estabelecimentos hospitalares, envolvendo queda de doentes", da IGAS.
Tribuna Médica, 02.02.2009 (ver o resto do artigo)
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É caso para dizer que se corre quase tantos riscos nos hospitais como nas estradas.
Que tal uma campanha para comprar grades para as camas com o slogan "Vamos travar este drama"?
.Público, 09.02.2009
A Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária, que prevê a introdução da carta por pontos, novos sinais, aumento de radares e alterações aos exames de condução, vai estar hoje em discussão na Assembleia da República.
Organizada pela Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicações e pela Subcomissão de Segurança Rodoviária, a conferência parlamentar insere-se no âmbito da consulta pública da Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária 2008-1015.
O documento engloba um conjunto de medidas que vão ser tomadas até 2015 com o objectivo de diminuir de 850 para 579 o número de mortos nas estradas portuguesas e colocar Portugal nos dez primeiros países da União Europeia com menor taxa de sinistralidade rodoviária.
Vários ministérios estão envolvidos nesta Estratégia, que prevê a revisão do Código da Estrada com base nas alterações que vão ser introduzidas até 2015, como a carta por pontos, sistema que implica que a cada infracção sejam descontados pontos na carta do condutor, que uma vez acumulados podem resultar na inibição ou mesmo na cassação do título.
Mais radares, novos sinais e estradas auto-explicativas
O número de radares vai aumentar, ao mesmo tempo que passarão a ser fixos e a funcionar em sistema informático para que os dados sejam centralizados na Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
Até 2015, Portugal vai ter uma estrada auto-explicativa, via que dá ao condutor a percepção da forma como conduzir através de uma melhor sinalização sobre a configuração da estrada.
Com a Estratégia, novos sinais de trânsito serão introduzidos, designadamente o sinal de proibição de conduzir a mais de 30 quilómetros/hora em algumas ruas das cidades.
O actual modelo das escolas de condução e os exames práticos e teóricos vão ser também alterados no âmbito da documento, que prevê igualmente alargar as inspecções periódicas obrigatórias aos ciclomotores, motociclos, triciclos e quadriciclos.
Alargar a aprendizagem sobre segurança rodoviária às escolas, aumentar a fiscalização ao álcool, droga e velocidade, melhorar a assistência à vítima, fazer uma gestão dos locais com elevada concentração de acidentes, divulgar os indicadores de riscos das estradas e dos túneis rodoviários são outros objectivos operacionais da Estratégia, documento coordenado pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.
Está ainda prevista a contabilização dos mortos até 30 dias após sofrerem um acidente de viação.
A Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária 2008-2015, que envolve 12 ministérios e 31 entidades, está em consulta pública até ao próximo dia 16.
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Os exageros do costume baptizados com o nome "Estratégia"
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F. Penim Redondo
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Etiquetas: - Público, Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária
. O Conselho de Ministros aprovou hoje o diploma que estabelece a instalação obrigatória de um dispositivo electrónico de matrícula (DEM) em todos os veículos automóveis, reboques, motociclos e triciclos autorizados a circular em auto-estradas e vias equiparadas.
Foi também aprovada a legislação referente à sociedade SIEV - Sistema de Identificação Electrónica de Veículos, SA, empresa pública que terá o exclusivo da exploração deste sistema.O DEM será gratuito nos primeiros seis meses (o prazo conta a partir da entrada em vigor da Portaria Regulamentar).
O DEM é um dispositivo electrónico que se coloca na viatura e que emite um código, cuja transmissão permite a sua detecção e identificação pelas entidades legalmente autorizadas para o efeito. Esta identificação electrónica de veículos através do DEM permite efectuar a cobrança electrónica de portagens, em conformidade com o Serviço Europeu de Portagem.
Para garantir a salvaguarda da privacidade dos proprietários e/ou condutores dos veículos, o diploma aprovado pelo Governo refere explicitamente que não haverá cruzamento automático e permanente entre as bases de dados dos DEM e os dados relativos aos proprietários constantes do registo automóvel.
Um dos objectivos da cobrança electrónica de portagens é contribuir para a fluidez do tráfego rodoviário e o descongestionamento nas praças de portagem, com a consequente diminuição do impacte ambiental negativo decorrente do 'pára-arranca' dos veículos. Este sistema deverá contribuir igualmente para uma melhoria da gestão do tráfego.
Expresso, 05.02.2009
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Em Inglaterra fazem-se testes com automóveis que reduzem automáticamente a velocidade para os limites legais sempre que o próprio condutor o não fizer (ver notícia da BBC).
De fanatismo em fanatismo até ao "Big Brother"
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A resposta aos acidentes de viação em Portugal tem vindo a ser equacionada, quer nos meios de comunicação quer nas instâncias do poder, a partir de quatro ideias erradas e mistificadoras: - Que os acidentes de viação constituem uma das principais causas de morte e são um dos problemas mais graves com que se defronta a sociedade portuguesa. * a verdade é que só 0,79 % dos falecimentos em 2006 tiveram como causa os acidentes de viação. Todos os anos morrem mais pessoas em acidentes ocorridos dentro de casa, ou de uma simples gripe, do que nas estradas. - Que Portugal apresenta uma sinistralidade anormalmente elevada quando comparada com outros países. * a verdade é que Portugal é o 13º país em termos de mortos por milhão de habitantes, portanto a meio da tabela da Europa a 27 e melhor do que seria de esperar com base no seu nível de desenvolvimento social e económico. - Que os acidentes resultam quase sempre de velocidade excessiva e que a redução geral da velocidade de circulação seria uma solução sem inconvenientes e eficaz para combater a sinistralidade. * a verdade é que, com base em estudos feitos em Espanha, a maior parte dos acidentes resulta de distracções, adormecimento e doenças súbitas ao volante. Uma redução da velocidade média de circulação de 60 para 50 km/h, em Portugal, levaria à perda pela sociedade de 14 milhões de dias/homem. - Que os excessos de velocidade, e as suas "inevitáveis" consequências, são a demonstração irrefutável da irresponsabilidade e falta de civismo da generalidade dos cidadãos automobilistas. * esta tese é tão científica como dizer que "os chineses são todos iguais" ou que "todos os espanhóis gostam de touradas" Temos que nos mobilizar para reverter esta situação. Em vez de EXAGERAR e MANIPULAR para CULPABILIZAR é preciso ESTUDAR e COMPREENDER para PREVENIR. |
A segunda reunião da comissão foi marcada para 31 de Janeiro 2008. Acabou por realizar-se no dia 7 de Fevereiro 2008.
A terceira reunião da comissão realizou-se em 27 de Março 2008 tendo sido adoptado, por consenso, um parecer entregue à CML.
A versão final do parecer da "Comissão dos Radares" foi divulgado pela CML em 30 de Maio 2008..