terça-feira, 7 de julho de 2009

Número de mortos na estrada desce 5,5%

Correio da Manhã
06.07.2009

O número de mortos em acidentes rodoviários diminuiu 5,5 por cento no primeiro semestre deste ano face ao período homólogo de 2008, afirmou esta segunda-feira o ministro da Administração Interna.
Rui Pereira revelou que o número de feridos graves também sofreu um decréscimo nos primeiros seis meses do ano, menos 2,5 por cento relativamente ao mesmo período de 2008.
Segundo o ministro, “a tendência de diminuição do número de mortes mantém-se este ano”, encontrando-se Portugal “prestes a alcançar o objectivo traçado pela União Europeia até 2010”, que consiste em baixar para metade o número de mortos nas estradas.
Em 2008 morreram 776 pessoas em acidentes rodoviários, 2606 ficaram feridas com gravidade e registaram-se 41.327 feridos ligeiros, o que mesmo assim contribuiu para a redução em 47 por cento do número de vítimas nas estradas entre 2001 e 2008.
De acordo com o governante, o segredo para o “sucesso” português consiste na melhoria das vias rodoviárias e da segurança dos automóveis, bem como o aumento da fiscalização por parte das forças de segurança.
O presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, (ANSR), Paulo Marques, lembrou que, em 2008, Portugal encontrava-se seis por cento acima da média europeia relativamente ao número de mortes nas estradas, e sublinhou a necessidade de “reduzir mais a taxa de sinistralidade”.
Algumas das medidas que vão ser tomadas até 2015 no âmbito da Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária consistem na instalação de uma rede nacional de radares, no aumento do regime sancionatório e na introdução de novos sinais, como o de proibição de conduzir a mais de 30 quilómetros/hora em algumas ruas das cidades.
Outros objectivos da estratégia pretendem alargar a aprendizagem sobre segurança rodoviária às escolas, aumentar a fiscalização ao álcool, droga e velocidade, melhorar a assistência à vítima, fazer uma gestão dos locais com elevada concentração de acidentes e divulgar os indicadores de riscos das estradas e dos túneis rodoviários.

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Em face dos excelentes resultados já obtidos (sem radares), cujas razões o ministro parece compreender, a criação de uma "rede nacional de radares" parece ser um investimento desnecessário, cuja manutenção e gestão se revelarão um fardo muito pesado por muitos anos.
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